Silvio Santos, um dos maiores ícones da televisão brasileira, faleceu aos 93 anos na madrugada deste sábado, 17 de agosto, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O apresentador e empresário havia sido internado novamente no início do mês após um quadro de H1N1. Sua morte marca o fim de uma era na história da TV no Brasil, onde ele foi uma figura central por mais de seis décadas.
Nascido Senor Abravanel em 1930, no Rio de Janeiro, Silvio Santos começou sua carreira como camelô, vendendo capas para títulos de eleitor. Sua entrada no mundo do entretenimento aconteceu no rádio, onde adotou o nome artístico Silvio Santos. Em 1962, ele fez sua estreia na televisão com o programa “Vamos Brincar de Forca”, na TV Paulista, e no ano seguinte lançou o “Programa Silvio Santos”, que se tornou um dos programas mais longevos da TV mundial.
Além de apresentador, Silvio tinha uma visão empreendedora e em 1981 fundou o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), realizando o sonho de ter sua própria emissora. Sob sua liderança, o SBT se destacou por sua programação diversificada e inovadora, incluindo a exibição de clássicos como “Chaves” e diversas novelas mexicanas, que se tornaram fenômenos de audiência no Brasil.
Silvio Santos também foi responsável por descobrir e promover grandes talentos, como Gugu Liberato, Celso Portioli, Eliana, Maisa Silva e Larissa Manoela. Sua habilidade em identificar e lançar novos talentos solidificou seu papel como um dos maiores nomes do entretenimento brasileiro.
Com a morte de Silvio, suas seis filhas assumirão o comando do SBT, garantindo a continuidade do legado do pai. A trajetória do “Homem do Baú”, que já foi retratada em seriado e será tema de um filme a ser lançado em setembro, deixa um impacto duradouro na cultura brasileira, inspirando futuras gerações.