Dominique Dunne, filha do escritor e jornalista Dominick Dunne, foi uma promissora atriz americana, cujo talento foi reconhecido em filmes e séries de TV entre 1979 e 1982. Ela era mais conhecida por seu papel como Dana Freeling no clássico filme de terror Poltergeist (1982). Nascida em Santa Monica, Califórnia, em 1959, Dominique era filha de Ellen Beatriz e Dominick Dunne e tinha uma trajetória acadêmica rica, tendo estudado em diversas escolas prestigiadas nos Estados Unidos, além de ter passado um período na Itália, onde estudou arte e aprendeu italiano. Sua carreira na atuação começou após frequentar o Milton Katselas’ Workshop, onde aprimorou suas habilidades, o que a levou a estrelar produções como The Mousetrap e West Side Story.
Apesar do sucesso emergente, a carreira de Dominique foi tragicamente interrompida quando ela foi assassinada pelo ex-namorado John Thomas Sweeney em 30 de outubro de 1982. Naquela noite, Sweeney foi até a casa de Dominique em West Hollywood, onde, após uma discussão, a estrangulou. O ator David Packer, que estava ensaiando com Dunne para a série de TV V, ouviu o incidente e tentou chamar a polícia. No entanto, como o local do crime estava fora da jurisdição, Packer, preocupado, deixou uma mensagem em sua secretária eletrônica afirmando: “Se eu morrer esta noite, foi por John Sweeney”. Quando ele saiu da casa, encontrou Sweeney ajoelhado ao lado de Dominique, que já estava inconsciente. Sweeney confessou aos policiais que “matou sua namorada e tentou se matar”.
Dominique Dunne foi levada ao Cedars-Sinai Medical Center em Los Angeles, onde permaneceu em coma por cinco dias. Infelizmente, seus exames cerebrais mostraram que não havia mais atividade cerebral, e seus pais decidiram desligar os aparelhos que a mantinham viva em 4 de novembro de 1982. Ela tinha apenas 22 anos.
O julgamento de John Thomas Sweeney foi controverso. Ele foi inicialmente acusado de homicídio, mas acabou condenado por homicídio culposo, recebendo uma sentença de seis anos de prisão, dos quais cumpriu apenas dois anos e meio. A sentença foi amplamente criticada, principalmente por Dominick Dunne, que ficou profundamente revoltado com a leveza da pena. Dominick passou por um período de luto intenso, onde chegou a cogitar contratar um assassino de aluguel para vingar a morte de sua filha. Ele contratou o investigador particular Anthony Pellicano, não apenas para vigiar Sweeney após sua liberação da prisão, mas também, inicialmente, com a intenção de arquitetar uma vingança. Pellicano, no entanto, convenceu Dominick de que ele não queria seguir por esse caminho.
Eventualmente, Dominick Dunne superou essa fase de sua vida, mas nunca deixou de monitorar a vida de Sweeney. Ele queria garantir que nenhuma outra mulher passasse pelo que sua filha havia passado, avisando as futuras namoradas de Sweeney sobre seu histórico violento. Esse trauma moldou profundamente a visão de Dominick sobre justiça, levando-o a se aliar à acusação em casos de crimes notórios, como o julgamento dos irmãos Lyle e Erik Menendez, responsáveis pela morte de seus pais, José e Kitty Menendez, retratado na série Monstros: Lyle e Erik Menendez.
O caso de Dominique Dunne foi mencionado na série da Netflix, que explora o contexto de crimes de grande repercussão nos Estados Unidos. Embora tenha ocorrido quase uma década antes dos assassinatos dos Menendez, o julgamento de Sweeney trouxe à tona discussões sobre impunidade e justiça, temas centrais também no julgamento dos irmãos Menendez. A história de Dominique, uma jovem atriz promissora cuja vida foi ceifada tragicamente, continua a ressoar como um lembrete sombrio de como casos de violência doméstica podem ter desfechos fatais.
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