Monstro: A História de Ed Gein reacende mistério sobre Adeline Watkins, sua suposta namorada

Adeline Watkins foi uma das figuras mais enigmáticas ligadas à história de Ed Gein, o assassino e ladrão de túmulos que inspirou filmes icônicos como Psicose e O Massacre da Serra Elétrica. Com a estreia de Monstro: A História de Ed Gein, nova produção de Ryan Murphy para a Netflix, o nome da mulher volta aos holofotes — agora interpretada pela atriz Suzanna Son.

Mas, afinal, quem foi Adeline Watkins? E o que realmente existiu entre ela e o homem conhecido como o “Açougueiro de Plainfield”?

Um romance controverso e versões conflitantes

Monstro: A História de Ed Gein reacende mistério sobre Adeline Watkins, sua suposta namorada

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Logo após a prisão de Ed Gein, em novembro de 1957, Adeline Watkins concedeu uma série de entrevistas a jornais locais de Wisconsin. Na época, ela afirmava ter mantido um relacionamento de duas décadas com o assassino, chegando a dizer que ele havia lhe pedido em casamento dois anos antes de ser detido.

Em depoimento ao Minneapolis Tribune, Watkins descreveu Gein como “um homem bom, educado e gentil”. Disse ainda que ele preferia milkshakes a bebidas alcoólicas e que, durante os encontros, costumavam ir ao cinema ou conversar sobre livros.
Segundo ela, ambos compartilhavam o gosto pela leitura e até discutiam crimes noticiados pela imprensa, sempre com Gein condenando o comportamento dos assassinos.

“Ele me pediu em casamento, mas recusei, não porque houvesse algo errado com ele, mas porque achei que não estaria à altura do que ele esperava de mim”, teria dito Watkins na ocasião. Apesar da recusa, ela afirmou que ainda nutria sentimentos por ele, chegando a declarar: “Eu o amei e ainda o amo.”

A retratação e o fim do mito romântico

Pouco tempo depois, Adeline voltou atrás. Incomodada com a repercussão de suas falas e com a imagem de “namorada do assassino” que a imprensa criou, ela procurou outro jornal, o Stevens Point Journal, para corrigir a história.

Na nova versão, Watkins afirmou que conhecia Ed Gein havia cerca de 20 anos, mas que o relacionamento havia sido apenas uma amizade breve, que durou cerca de sete meses. Contou ainda que os dois saíram algumas vezes, mas negou qualquer envolvimento amoroso prolongado.

Ela fez questão de esclarecer que jamais havia entrado na casa de Gein — o mesmo local onde a polícia encontrou objetos e móveis feitos com restos humanos.
Watkins também repudiou a ideia de que teria o descrito como “doce” ou “romântico”. Disse que suas palavras haviam sido distorcidas e que muitas citações publicadas eram invenções de repórteres em busca de sensacionalismo.

Após essa retratação, Adeline desapareceu do noticiário. Não há registros públicos de visitas dela ao hospital psiquiátrico onde Gein permaneceu internado, e seu paradeiro após o escândalo permanece desconhecido.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.