A escritora Jenny Han, criadora da trilogia literária O Verão Que Mudou Minha Vida, não apenas assinou os livros, mas também esteve à frente da adaptação para a televisão no Prime Video. Como showrunner, Han participou ativamente das decisões criativas da série, especialmente na terceira temporada, marcada por mudanças significativas em relação ao material original.
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, a autora explicou que muitas dessas alterações surgiram de uma pergunta-chave que sempre guiou suas escolhas: o que o público precisa ver? Para ela, o processo de adaptação vai além de transpor páginas para a tela, exigindo uma releitura que dialogue com as expectativas da audiência atual.
A ausência do casamento e a polêmica entre os fãs
Um dos pontos mais comentados pelo público foi a ausência do casamento de Belly e Conrad, presente no desfecho do terceiro livro, Sempre Teremos o Verão. Em vez de mostrar o casamento em um salto temporal, como ocorre nos livros, a série preferiu acompanhar o período imediatamente posterior ao rompimento do noivado entre Belly e Jeremiah.
A decisão dividiu os fãs. Enquanto alguns celebraram a escolha por um desenvolvimento mais aprofundado da protagonista, outros lamentaram a exclusão de uma das cenas mais aguardadas da história. Jenny Han defendeu a opção (via Deadline), ressaltando que ainda há um “grande marco” a ser explorado no futuro filme já confirmado, o que pode indicar que o casamento não foi descartado, apenas adiado.
Paris no lugar da Espanha
Outro ponto de divergência está no destino de Belly após o fim de seu relacionamento com Jeremiah. Nos livros, ela parte para a Espanha em um intercâmbio acadêmico, experiência narrada principalmente por meio das cartas enviadas por Conrad. Já na série, a jovem se muda para Paris, em um arco estendido que mostra sua independência, desafios e amadurecimento.
Para Han, essa mudança foi essencial para ilustrar a transformação de Belly. Mostrar sua vida na Europa, em vez de apenas mencioná-la, deu corpo a uma fase de autodescoberta que o público não poderia vivenciar apenas por meio de referências.
Relações aprofundadas e novos conflitos
Com 11 episódios, a terceira temporada foi a mais longa até agora. Essa extensão permitiu desenvolver não apenas a trajetória de Belly, mas também os dilemas de Conrad e Jeremiah. O primeiro, em um caminho marcado por sacrifícios pessoais e terapia, e o segundo, lidando com inseguranças e com o peso de não ser escolhido.
Além disso, a série incluiu tramas inéditas, como o acidente de Steven e o arco profissional de Jeremiah, ampliando os dramas em torno dos personagens secundários. Para Han, essas adições tornaram o enredo mais rico e próximo da complexidade emocional que ela desejava transmitir.
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