James Gunn, diretor e chefe criativo do DC Studios, decidiu adiar a estreia de um dos vilões mais icônicos dos quadrinhos da editora: Darkseid. Apesar de o personagem ter sido sugerido no final da segunda temporada de Pacificador, o cineasta esclareceu que o tirano de Apokolips não será o grande antagonista do Capítulo Um do DCU, intitulado Deuses e Monstros.

Durante entrevista ao canal New Rockstars, Gunn explicou que, embora Darkseid seja parte essencial do universo da DC, ele não será o foco da primeira fase de produções do novo estúdio. Segundo ele, o personagem será introduzido de forma mais contida, dentro da série Senhor Milagre, em desenvolvimento para a HBO Max.
A influência de Thanos e o legado de Zack Snyder
Um dos principais motivos para deixar Darkseid em segundo plano é a inevitável comparação com Thanos, o vilão que marcou a saga da Marvel nos cinemas. Gunn reconheceu as semelhanças visuais e conceituais entre os dois personagens e avaliou que, neste momento, seria um erro repetir uma fórmula já consolidada.
“Há muitos aspectos de Darkseid que se parecem com Thanos, inclusive na aparência. E como Zack Snyder já explorou o personagem de maneira muito marcante, usar Darkseid como o grande vilão agora não seria o ideal”, afirmou Gunn.
O diretor também elogiou o trabalho de Snyder, que apresentou sua própria visão do vilão em Liga da Justiça de Zack Snyder, lançado em 2021. Apesar do sucesso do corte do diretor na HBO Max e do carisma de Ray Porter no papel, Gunn acredita que é hora de seguir por outro caminho, evitando que o novo universo cinematográfico da DC comece sob a sombra das comparações.
O papel do Planeta Salvação e os Novos Deuses
O Planeta Salvação, conceito apresentado no final de Pacificador, despertou curiosidade entre os fãs por sua ligação direta com Darkseid nos quadrinhos. Contudo, Gunn adiantou que o arco será reinterpretado. Ele pretende usar apenas o conceito-base de uma sociedade de supervilões exilados em outra dimensão, mas sem seguir fielmente o material original.
O cineasta também revelou uma curiosidade: a ideia inicial do Planeta Salvação foi criada por George R. R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Gunn afirmou que pretende explorar essa base conceitual para dar à história um tom próprio, mais focado nas dinâmicas dos Novos Deuses, grupo do qual Darkseid faz parte, mas que inclui outras figuras igualmente poderosas e complexas.
Uma estratégia para evitar repetições
A decisão de não repetir o modelo narrativo que dominou o cinema de heróis nos anos 2010 reflete uma mudança de mentalidade dentro do DC Studios. Gunn reconhece que o público já não se impressiona apenas com o espetáculo visual ou com o vilão de escala cósmica. O momento pede tramas mais originais, personagens multifacetados e um novo equilíbrio entre fantasia e humanidade.
“Repetir o que funcionou há dez anos não é o caminho. Precisamos oferecer algo novo, histórias que surpreendam”, afirmou o diretor, reforçando que o DCU não deve se apoiar apenas em nostalgia ou comparações com o antigo DCEU.
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