Com a recente exibição do quarto episódio da 2ª temporada de House of the Dragon, que trouxe como grande destaque a épica Batalha de Pouso de Gralhas, George R. R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo, fez uma publicação no seu blog pessoal explicando um pouco mais sobre como os dragões do seu universo funcionam.
Martin primeiro relembra alguns dragões da ficção que os inspiraram, como o Smaug da obra de Tolkien e o Vermithrax Pejorative do filme Dragonslayer (1981). Para os dragões da sua obra, ele resolveu misturar um pouco da fantasia épica e ficção histórica, criando dragões que voam, cospem fogo e que têm DUAS pernas e DUAS asas.
“Os dragões de quatro patas existem apenas na heráldica. Nenhum animal que já viveu na Terra tem seis membros. Os pássaros têm duas pernas e duas asas, os morcegos têm o mesmo, assim como os pteranodontes e outros dinossauros voadores”, explica o autor.
Por isso, o dragão de três cabeças que é o brasão da Casa Targaryen tem apenas duas patas e não quatro, um aspecto que Game of Thrones e House of the Dragon acertaram e erraram ao mesmo tempo.
“Game of Thrones nos deu os símbolos corretos de duas pernas nas quatro primeiras temporadas e na maior parte da quinta, mas quando a frota de Dany apareceu, todas as velas mostravam dragões de quatro pernas. Alguém se descuidou, eu acho. Ou alguém abriu um livro sobre heráldica e leu o suficiente para estragar tudo. Um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa. Alguns anos depois, House of the Dragon decidiu que a heráldica deveria ser consistente com Game of Thrones.. mas eles escolheram o símbolo ruim em vez do bom. O som que você ouviu foi eu gritando “não, não, não”. Essas malditas pernas extras chegaram a aparecer nas capas dos meus livros, apesar das minhas objeções.”
Game of Thrones
House of the Dragon
Na continuação do post, Martin ainda explica como os dragões do seu universo funcionam, destacando que assim como lobos, ursos e leões, eles podem ser treinados, mas nunca totalmente domados, são seres perigosos e têm personalidades, além de muitas vezes refletirem a personalidade dos seus montadores.
Sobre esse aspecto, o autor ainda promete que os seus livros futuros trarão mais detalhes sobre a ligação dos humanos com os dragões: “Eles se ligam com homens… e o porquê e o como disso, e como isso aconteceu, serão eventualmente revelados com mais detalhes em The Winds of Winter e A Dream of Spring e alguns em Fogo & Sangue. (O septão Barth acertou em grande parte)”.
O autor ainda fala de outras características dos seus dragões, como o fato de serem territoriais, gostarem do topo de montanhas, especialmente de montanhas vulcânicas, e não se abrigarem muito em cavernas frias e úmidas. No caso de construções feitas pelo homem, como é o caso do Fosso dos Dragões em Porto Real, os dragões aceitam ficar lá pelo fato de serem alimentados.
Por fim, Martin reforça que os seus dragões não são criaturas nômades, e embora possam atravessar grandes distâncias, só o fazem se estiverem sendo comandados pelo seu montador, como foi o caso de Luke voando em Arrax para Storm’s End e Jace para Winterfell. Por isso, o restante dos dragões são encontrados apenas no Fosso dos Dragões e em cavernas na ilha de Dragonstone.
Usando como base o livro Fogo & Sangue, House of the Dragon é a primeira série derivada de Game of Thrones. A história se passa quase 200 anos antes dos eventos das Crônicas de Gelo e Fogo, mostrando as intrigas da Casa Targaryen e o conflito conhecido como A Dança dos Dragões.
House of the Dragon está disponível exclusivamente na HBO Max.
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