A série Garotos Detetives Mortos conquistou uma base de fãs apaixonados, mas não resistiu a um conjunto de fatores que levaram ao seu cancelamento pela Netflix no início de 2025. A produção enfrentou o impacto direto da reformulação do universo da DC em Hollywood, conduzida por James Gunn, que começou a redefinir o rumo das adaptações para cinema e TV. Nesse novo planejamento, o seriado não se encaixava na proposta de integração das propriedades da marca, o que selou parte de seu destino.
Baixa audiência e custos elevados
Apesar do bom retorno da crítica especializada, a série não conseguiu atrair números consistentes de audiência. Logo em seus primeiros dias, registrou 3,1 milhões de streams e chegou a ocupar o segundo lugar no ranking da Netflix entre 22 e 28 de abril. Contudo, a queda foi rápida: na semana seguinte, caiu para o terceiro lugar, acumulando 4,7 milhões de visualizações, e já na terceira semana despencou para apenas 1,8 milhão. Ao fim do primeiro mês, havia desaparecido completamente da lista de títulos mais vistos. O desempenho fraco, aliado a um orçamento considerado alto, contribuiu diretamente para a decisão de encerramento.
Uma história de bastidores turbulenta
O caminho de Garotos Detetives Mortos até a tela já havia sido conturbado. Inicialmente planejada para a HBO Max em 2021, após um episódio piloto inserido em Doom Patrol, a série acabou sendo vendida à Netflix em 2023. A mudança parecia natural, já que outro grande sucesso da DC baseado em Neil Gaiman, Sandman, já estava consolidado na plataforma. Porém, o ajuste de rota não foi suficiente para garantir estabilidade.
Enredo sombrio e personagens marcantes
A produção acompanhava Edwin Payne (George Rexstrew) e Charles Rowland (Jayden Revri), dois jovens assassinados em épocas diferentes que, em vez de seguir para o além, decidiram permanecer no mundo dos vivos como detetives. Ao lado da médium Crystal Palace (Kassius Nelson) e de sua vizinha Niko Sasak (Yuyu Kitamura), eles enfrentavam casos sobrenaturais e inimigos como Esther Finch (Jenn Lyon), que buscava vingança contra a dupla. O tom sombrio e o apelo cult rapidamente conquistaram uma comunidade fiel de fãs.
Polêmicas externas e fim das negociações
Além da baixa audiência, outro fator pesou contra o futuro da série. As acusações de assédio sexual contra Neil Gaiman, co-criador dos quadrinhos que deram origem à trama, acabaram respingando no projeto. A situação não apenas dificultou sua imagem pública, mas também reduziu as chances de que o título fosse oferecido a outros estúdios ou plataformas após o cancelamento.
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