Pennywise, o icônico palhaço da franquia It, não deu as caras no episódio de estreia de It: Bem-Vindos a Derry. A nova série da HBO serve como prelúdio dos filmes lançados na última década e se passa cerca de vinte anos antes dos acontecimentos principais.
Apesar da ausência do personagem em sua forma mais famosa, a presença da entidade maligna que assombra a cidade de Derry, no Maine, é sentida em todos os momentos. O episódio inicial apresenta novos personagens e uma atmosfera de horror crescente, introduzindo um tom mais sombrio e psicológico, fiel ao espírito do universo criado por King.
A primeira forma da entidade

Logo na abertura, It: Bem-Vindos a Derry choca o público com uma sequência envolvendo o desaparecimento de Matty Clements, um jovem morador da cidade. A cena culmina com o surgimento de uma criatura bizarra: um bebê demoníaco deformado. Esse ser é descrito como a primeira forma de “It”, o mesmo mal cósmico que mais tarde assumiria a aparência de Pennywise.
A produção, comandada pelos irmãos Andy e Barbara Muschietti – os mesmos responsáveis pelos filmes It: A Coisa (2017) e It: Capítulo Dois (2019) – pretende usar cada temporada para explorar um período distinto da história de Derry. A proposta é mostrar como o mal se manifesta em diferentes épocas e formas, até chegar à encarnação mais conhecida: o palhaço dançarino interpretado por Bill Skarsgård.
A estratégia por trás da demora

Segundo Barbara Muschietti, em entrevista ao site ScreenRant, a ausência de Pennywise logo no início é proposital. A produtora explicou que a equipe quer preservar o impacto do personagem e evitar o desgaste de sua imagem. “Ele é como o nosso tubarão”, afirmou, fazendo alusão a Tubarão (1975), de Steven Spielberg. “É preciso saber quando trazê-lo à tona, com toda sua complexidade, ou ele perde o poder de assustar.”
O diretor Andy Muschietti complementou dizendo que o palhaço está presente de forma sutil, ainda que invisível. “Ele está lá, mas não está. Ou não está, mas está”, declarou. A ideia é manter o público em constante tensão, sentindo a presença do mal sem vê-lo diretamente — uma técnica que, segundo os criadores, aumenta o medo e reforça a imprevisibilidade da história.
Outros horrores em Derry

Mesmo sem Pennywise, o episódio de estreia não economiza no terror. Além da sequência inicial, há momentos perturbadores envolvendo um parto grotesco, um pesadelo com um abajur e o retorno do bebê demoníaco, agora ainda mais monstruoso. Essas cenas mostram que “It” pode assumir inúmeras formas, explorando a ideia de que o verdadeiro horror pode vir de qualquer lugar — e de qualquer rosto.
A série também começa a conectar o terror sobrenatural aos horrores humanos. Ambientada em 1962, durante o auge das tensões raciais e da Guerra Fria nos Estados Unidos, It: Bem-Vindos a Derry insinua que parte do mal que assombra a cidade está enraizado na própria sociedade. A temporada deve abordar eventos inspirados no episódio do incêndio do Black Spot, um clube frequentado por cidadãos negros e mencionado no livro original, incendiado num ataque racista.
Essa fusão entre monstros reais e sobrenaturais promete ser um dos pontos fortes da produção, explorando como o medo e a violência se alimentam mutuamente.
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