O sexto episódio da segunda temporada de Andor marca um ponto de virada na trama, ao transformar a tensão política em Ghorman em ação aberta. A série, mais uma vez, reforça o quanto o caminho da rebelião é tortuoso, construído com sacrifícios pessoais e dilemas morais profundos. Neste capítulo, diferentes personagens encaram decisões difíceis que moldam os rumos do levante contra o Império.
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O início da rebelião em Ghorman
O planeta Ghorman, já citado anteriormente em Andor, finalmente se torna o centro dos acontecimentos. Após a intensificação da ocupação imperial promovida por Dedra Meero e seus superiores, o local se torna palco de um ataque rebelde planejado por Luthen Rael. A operação, que envolve a infiltração de Cassian Andor, Cinta Kaz e Vel Sartha, visa denunciar a construção de um arsenal imperial em território civil. Cassian, no entanto, alerta que a população local não está pronta para enfrentar o Império.
Mesmo assim, Luthen insiste. Para ele, quanto mais agressiva for a resposta do Império, maior será a mobilização rebelde. Sua visão aceleracionista aposta no aumento da repressão para catalisar a revolta popular. O Império, ironicamente, compartilha desse objetivo, embora por razões opostas: deseja justificar o aumento do controle militar sobre o planeta.
Um preço alto demais
O que parecia ser uma operação estratégica rapidamente se transforma em tragédia. Durante o assalto ao transporte imperial, uma discussão entre os rebeldes leva a um disparo acidental. Cinta Kaz é atingida e morre no confronto, devastando Vel, sua companheira tanto na causa quanto na vida pessoal. A morte de Cinta representa mais do que uma perda individual: ela simboliza o custo emocional da rebelião.
Tony Gilroy, criador da série, mantém sua abordagem crua e realista sobre a guerra. Assim como em Rogue One, Andor reforça que não existe vitória sem perdas dolorosas. Cinta se junta a uma galeria de personagens que entregam suas vidas em nome de uma liberdade que talvez nem cheguem a ver.
Syril Karn: o peão que ainda não sabe
Enquanto isso, Syril Karn continua sua jornada ambígua. Agora infiltrado como agente duplo, ele serve à Supervisora Dedra Meero sem conhecer todos os detalhes da missão imperial em Ghorman. Syril desconhece, por exemplo, os planos do Império para extrair kalkita do planeta, informação revelada apenas aos oficiais mais graduados. Sua relação com Dedra, que parecia evoluir para algo mais íntimo, mostra-se uma manipulação disfarçada de interesse genuíno.
Ao final do episódio, fica evidente que, assim como os rebeldes sacrificam seus entes queridos, os imperiais também estão dispostos a abrir mão de relações pessoais em prol de seus objetivos. A diferença é que, no caso de Syril, o sacrifício está acontecendo sem seu consentimento — ele ainda não sabe que foi descartado como ferramenta.
Cassian, o rebelde relutante que se torna líder
Cassian Andor segue crescendo como figura central da nova geração rebelde. Ainda que relutante, ele demonstra mais sensibilidade e percepção política do que figuras como Luthen, que atuam nos bastidores com frieza estratégica. Ao reconhecer que Ghorman não estava pronto para um confronto, Cassian mostrou um tipo de liderança diferente, mais conectado com o povo e menos disposto a sacrificá-lo por fins abstratos.
Essa diferença de abordagem aponta para os rumos da Aliança Rebelde nos filmes clássicos de Star Wars. Cassian representa uma nova forma de resistência, que será fundamental para a queda do Império. Ele não busca apenas vencer, mas fazê-lo sem perder a humanidade no processo.
Um massacre anunciado
O episódio também prepara o terreno para um dos eventos mais trágicos do cânone de Star Wars: o Massacre de Ghorman. A repressão imperial após o levante atual pode culminar na aterradora ação liderada por Tarkin, já mencionada em Star Wars Rebels e considerada o estopim para a deserção definitiva de Mon Mothma do Senado.
A presença de um memorial à tragédia anterior — o Massacre de Tarkin — serve como prenúncio sombrio do que está por vir. O Império não hesita em esmagar a dissidência, e Ghorman parece condenado a viver mais um capítulo de violência em sua história. Para a galáxia, porém, esse sacrifício pode significar o nascimento da Aliança Rebelde como força organizada.
Espiões e tensões no alto escalão
Paralelamente aos eventos em Ghorman, vemos a crescente tensão em Coruscant. Mon Mothma continua sua luta diplomática enquanto lida com a pressão social e familiar. Durante um evento na capital galáctica, figuras importantes de ambos os lados se encontram — entre elas Luthen Rael e o Diretor Krennic. Nesse cenário, Kleya Marki realiza uma operação arriscada para neutralizar um dispositivo de escuta, selando seu compromisso com a causa rebelde com o próprio sangue.
Esses momentos revelam como a guerra contra o Império se desenrola em múltiplas frentes: nos campos de batalha, nos corredores do poder e até nos lares dos que ousam resistir.
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