O terceiro episódio da quinta temporada de Slow Horses intensifica o clima de tensão que já vinha se desenhando desde o início da nova fase. O capítulo mostra Londres à beira do colapso, com explosões de veículos, ameaças terroristas e um jogo de manipulação política que envolve até o alto comando do MI5.
A série da Apple TV+, estrelada por Gary Oldman como o impiedoso Jackson Lamb, continua explorando o lado mais desastroso — e humano — da espionagem britânica. Desta vez, os agentes da Slough House enfrentam uma sucessão de ataques que parecem fazer parte de um plano coordenado para desestabilizar a cidade.
A capital britânica em colapso
O episódio começa com Londres completamente travada. Após os ataques do capítulo anterior, carros começam a pegar fogo de maneira aleatória nas ruas da cidade. O caos no trânsito paralisa a capital, e a população entra em pânico diante do que parece ser uma nova onda de terrorismo.
Investigações apontam que os responsáveis contrataram ativistas para contaminar tanques de combustível, provocando ignições em série. O resultado é uma cidade praticamente sitiada, com o governo tentando conter os danos enquanto o MI5 busca entender a real motivação por trás dos incidentes.
O MI5 sob pressão e segredos internos
Enquanto as ruas ardem, o chefe do MI5, Claude Whelan, tenta gerenciar a crise política e pessoal que se agrava rapidamente. O diretor é chantageado por jornalistas ligados a Dodie Gimball, esposa de um dos candidatos à prefeitura de Londres. A ameaça de um escândalo pessoal mina sua autoridade e o força a agir com cautela.
Whelan procura ajuda de um advogado para conter o caso, mas a situação foge ao controle. O diálogo é interrompido por uma nova explosão — o atentado ao Zoológico de Londres — que causa um choque ainda maior na opinião pública.
O ataque ao zoológico e o massacre dos pinguins
Em uma das cenas mais perturbadoras do episódio, um sem-teto é manipulado por terroristas para lançar um recipiente dentro do tanque dos pinguins no zoológico. Ele acredita que o conteúdo é inofensivo, mas o objeto explode e mata 22 animais.
O ataque rapidamente ganha destaque nas redes sociais e nos noticiários, desviando a atenção de outro massacre recente, o de Abbotsfield. A estratégia parece clara: desviar o foco da mídia e criar um ciclo de pânico contínuo, alimentando o medo e a confusão.
Esse evento reforça a chamada Teoria da Desestabilização, desenvolvida pelo agente J.K. Coe, que acredita que os atentados seguem uma sequência lógica para fragilizar a estrutura social e política do país.
Jackson Lamb e a rebelião em Slough House
Enquanto o MI5 tenta lidar com os ataques, a equipe da Slough House permanece sob vigilância. Diana Taverner ordena que seus agentes sejam isolados, mas Jackson Lamb transforma a situação em vantagem.
Com sarcasmo e provocação, Lamb manipula os “cães de guarda” enviados para supervisioná-los, enquanto seus agentes — liderados por River Cartwright — se preparam para uma fuga coordenada. A operação é bem-sucedida, e a equipe volta à ativa, determinada a descobrir quem está por trás dos ataques.
Durante o confinamento, Lamb conta uma história sombria sobre a polícia secreta da Alemanha Oriental, a Stasi. O relato, além de emocionar o grupo, esconde uma mensagem cifrada que orienta o plano de fuga. Catherine Standish, uma das veteranas da equipe, fica intrigada ao perceber que a história pode ter origem pessoal no passado de Lamb.
Roddy Ho, Tara e a brecha de segurança
No MI5, Roddy Ho continua sendo um pesadelo para os interrogadores. O analista se comporta de forma errática, alternando momentos de arrogância e desespero. Durante a conversa com Diana Taverner, ele revela que deixou sua namorada Tara sozinha com seu computador após acessar arquivos sigilosos da agência.
A confissão acende o alerta vermelho. Tudo indica que Tara foi contratada pelos mesmos terroristas que coordenam os ataques em Londres. No entanto, há dúvidas sobre suas intenções reais. Alguns indícios sugerem que ela pode estar sendo forçada a cooperar, o que pode colocá-la em uma posição ambígua entre vítima e cúmplice.
A revelação que muda tudo
Em meio à crise, outro escândalo vem à tona. O atual prefeito de Londres, Jaffrey, descobre que o ativista responsável por sabotar os tanques de combustível é seu próprio filho. O jovem, com ideais ambientais radicais, confronta o pai publicamente e o acusa de hipocrisia política.
A reação do prefeito é fria e calculista. Ele se preocupa mais com o impacto eleitoral do caso do que com o destino do filho, que acaba preso diante das câmeras. A cena expõe o cinismo da política e reforça o tema central da série: o colapso moral das instituições.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- Séries que você precisa assistir se gostou de Virgin River
- Séries que você precisa assistir se gostou de 1992
- K-Dramas que você precisa assistir se gostou de Meninos Antes de Flores
- Séries que você precisa assistir se gostou de Irracional
