Entenda o final do episódio 2 de Chefe de Guerra

O segundo episódio de Chefe de Guerra, série criada, escrita e protagonizada por Jason Momoa, mergulha ainda mais fundo na complexa teia de conflitos políticos, profecias e disputas de poder que marcaram o Havaí no final do século XVIII. Ambientada em um período decisivo para a história do arquipélago, a produção equilibra drama pessoal e grandes eventos históricos, trazendo à tona as tensões entre líderes locais e a crescente presença estrangeira. O desfecho do episódio 2 lança luz sobre o destino de Ka’iana e os rumos de sua jornada, ao mesmo tempo em que estabelece os principais dilemas morais que movem a narrativa.

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Ka’iana foge para o mar e é resgatado por britânicos

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Ka’iana, personagem central vivido por Jason Momoa, encerra o episódio em um momento de grande tensão. Após ser perseguido pelas forças de Kahekili e sofrer um ferimento, o guerreiro se vê encurralado à beira de um penhasco. Em vez de se render, ele decide enfrentar seus agressores em uma cena violenta e cinematográfica. Quando não há mais como resistir, ele salta no mar, em um gesto de sobrevivência e renúncia.

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Seu plano de proteger a família é parcialmente cumprido, pois antes da emboscada ele instrui Ka‘ahumanu a conduzi-los até a ilha de Hawai‘i. Enquanto isso, Ka’iana é resgatado por uma embarcação britânica, a mesma cujo tripulante ele havia salvado anteriormente. Quando recobra a consciência, percebe que o navio está se afastando das ilhas, colocando-o agora à mercê dos europeus.

Historicamente, sabe-se que Ka’iana de fato viajou com o capitão John Meares, percorrendo países como China e Filipinas. Na série, ainda não está claro qual será seu próximo destino, mas a inserção do elemento britânico é um prenúncio das mudanças profundas que estão por vir.

A ambição de Kahekili e a mentira que desencadeia a guerra

Entenda o final do episódio 2 de Chefe de Guerra

O rei Kahekili, interpretado por Temuera Morrison, move as primeiras peças do tabuleiro geopolítico ao ordenar um ataque contra O‘ahu. Para justificar a ofensiva, ele mente a Ka’iana dizendo que seus rivais estão conspirando contra ele e usa uma profecia como argumento para consolidar sua autoridade. Ka’iana aceita o plano com a condição de evitar um confronto aberto, realizando uma ação cirúrgica que incluiria o assassinato de um sacerdote.

No entanto, o que se revela é um plano de conquista total. As tropas de Kahekili massacram as forças de O‘ahu, mesmo sem que houvesse qualquer traição por parte dos líderes locais. Esse ato enfurece Ka’iana e o príncipe Kūpule, filho do próprio Kahekili, que passam a questionar a legitimidade da campanha. A série mostra que Kahekili não apenas acredita na profecia, mas manipula sua interpretação para justificar a violência, afirmando que o líder prometido seria aquele disposto a tomar decisões impiedosas pelo bem da unificação.

Ka‘ahumanu lidera a fuga da família de Ka’iana

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Ka‘ahumanu, interpretada por Luciane Buchanan, é apresentada como uma figura forte e determinada. Filha do chefe Moku e sobrinha de Kahekili, ela é usada como moeda de troca em uma aliança política, prometida em casamento a um chefe da ilha de Hawai‘i. A jovem, no entanto, reluta diante do destino imposto e decide romper com tradições.

É ela quem lidera a família de Ka’iana rumo à segurança, seguindo ordens do guerreiro, que escolhe permanecer para distrair os perseguidores. Além disso, Ka‘ahumanu desobedece regras culturais ao permitir que um marinheiro britânico embarque com eles. Esse gesto, aparentemente pequeno, carrega um forte simbolismo sobre o início de uma transformação cultural.

A profecia de Taula e o papel de Ka‘ahumanu

A trajetória de Ka‘ahumanu ganha um novo significado quando ela visita a vidente Taula. A profecia que lhe é revelada aponta para um futuro sombrio: seus atos levarão à destruição de seu povo. Ainda assim, a mesma previsão diz que ela terá apenas um caminho possível para alcançar a liberdade, e que será auxiliada por um guardião, provavelmente Ka’iana.

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Taula também afirma que os deuses havaianos temem Ka‘ahumanu. Essa revelação reforça sua importância simbólica dentro da história e prepara o terreno para seu protagonismo nos episódios seguintes. O fato de ela acolher um britânico ao final do episódio marca o início de uma nova era, tanto no plano pessoal quanto no coletivo.

A presença britânica anuncia o início do choque cultural

O resgate de Ka’iana por uma embarcação inglesa e a integração de um marinheiro britânico à comitiva havaiana apontam para um futuro em que as relações entre nativos e estrangeiros se tornarão cada vez mais complexas. A série começa a abordar, ainda que de forma sutil, o impacto da chegada dos europeus no arquipélago.

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O episódio termina com dois momentos paralelos: um havaiano como passageiro em um navio britânico e um britânico em território havaiano. Essas cenas antecipam o inevitável choque cultural que definirá o rumo da história de Hawai‘i. Ainda que o reino venha a se unificar sob uma única liderança, como prevê a narrativa histórica, a presença ocidental iniciará um processo de mudanças políticas, sociais e espirituais que culminarão na perda da autonomia havaiana décadas mais tarde.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.