O universo criado por Stephen King em It: A Coisa volta a ganhar vida na série It: Bem-Vindos a Derry, uma produção que serve como prelúdio dos filmes dirigidos por Andy Muschietti. Ambientada nos anos 1960, a trama mergulha nas origens sombrias da cidade de Derry e apresenta novos personagens que começam a experimentar eventos inexplicáveis logo após o desaparecimento de um garoto chamado Matty.
O primeiro episódio, intitulado “O Piloto”, mistura terror psicológico e mistério, apresentando elementos que dialogam diretamente com a mitologia de Pennywise. O capítulo termina de forma brutal e enigmática, deixando o público com várias perguntas sobre o destino das crianças e o mal que assombra a cidade.
A sequência de abertura: o nascimento do terror

O episódio se inicia com uma cena perturbadora envolvendo Matty, um garoto que tenta fugir de Derry. Ao conseguir carona com uma família aparentemente comum, o clima muda rapidamente. Durante a viagem, o comportamento dos passageiros se torna cada vez mais bizarro até culminar em um dos momentos mais grotescos da série: a mulher no banco da frente entra em trabalho de parto e dá à luz uma criatura demoníaca.
A sequência termina de maneira ambígua, sugerindo que Matty é atacado pela criatura. O bebê monstruoso, coberto de sangue e ainda preso ao cordão umbilical, pode representar uma nova encarnação de Pennywise, o palhaço assassino que se alimenta do medo de suas vítimas. Assim, a cena inicial parece simbolizar o nascimento literal do mal que irá consumir Derry.
Lilly, Teddy e Phil: o grupo marcado pelo medo

Quatro meses após o desaparecimento de Matty, a narrativa acompanha seus amigos Lilly, Teddy e Phil, que não conseguem aceitar o sumiço do colega. Movidos pela culpa e pela curiosidade, eles começam a investigar o que aconteceu, encontrando sinais de algo sobrenatural à espreita.
Lilly, a mais sensível do grupo, começa a ouvir a voz de Matty ecoando dos encanamentos de casa, cantando “Ya Got Trouble”, canção do musical The Music Man (1962). A música serve como metáfora para a corrupção que se infiltra sob a superfície da cidade. No universo de Stephen King, o descaso dos adultos e a indiferença diante da violência são manifestações diretas da presença do mal — e Derry parece mergulhar nesse mesmo ciclo.
Determinados a encontrar respostas, os amigos seguem uma trilha de pistas que os leva até um cinema abandonado. O local se torna o palco do confronto mais aterrorizante do episódio.
O massacre no cinema e o destino das crianças

Ao entrar no antigo teatro, o grupo percebe que o filme exibido traz algo impossível: Matty aparece na tela, olhando diretamente para eles e dizendo que está preso por culpa dos próprios amigos. De repente, a imagem do garoto se distorce e um sorriso macabro toma conta de seu rosto.
Das sombras do projetor surge a mesma criatura demoníaca do início do episódio — um bebê alado e deformado. O monstro atravessa a tela e avança sobre as crianças em uma sequência violenta e desesperadora. Teddy é dilacerado, Susie, a irmã mais nova de Phil, é devorada, e apenas Lilly consegue escapar com vida.
Em choque, ela foge do cinema e percebe que ainda segura em suas mãos o que restou de Susie: um pequeno pedaço ensanguentado de seu braço. O episódio termina com essa imagem chocante, deixando claro que o mal em Derry está apenas começando.
O enigma de Leroy e a ameaça além do sobrenatural

Paralelamente à história das crianças, o episódio apresenta Leroy Hanlon, um piloto da Força Aérea que chega a Derry com a esposa, Charlotte, para assumir um novo posto. Apesar de tentar levar uma vida tranquila, Leroy começa a desconfiar de um projeto secreto na base militar, chamado apenas de “Special Project”.
Além de enfrentar atitudes racistas por parte de outros oficiais, Leroy é atacado por homens mascarados que exigem informações confidenciais sobre o avião B-52. Mesmo sem uma ligação direta aparente com os eventos sobrenaturais, a trama de Leroy sugere que o mal em Derry pode estar enraizado não apenas no sobrenatural, mas também nas estruturas humanas da cidade — uma combinação clássica nas histórias de Stephen King.
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