Zootopia 2 aprofunda os elementos políticos e sociais introduzidos no primeiro filme e apresenta um desfecho que reorganiza a compreensão dos protagonistas sobre a própria cidade. A nova investigação conduzida por Judy Hopps e Nick Wilde expõe verdades ocultas por gerações, reposiciona a história de Zootopia e questiona quem realmente se beneficiou da exclusão dos répteis. O resultado é um final que combina traição, revelações estruturais e reconciliação.
A revelação por trás da história de Zootopia

Zootopia 2 apresenta Judy Hopps no centro de uma nova conspiração que abala os pilares da metrópole. A detetive descobre que os répteis não desapareceram da cidade por acaso, mas foram vítimas de um processo deliberado de apagamento histórico. Gary De’Snake, jovem reptiliano envolvido na investigação, explica que sua bisavó, Agnes, foi a verdadeira responsável pelo projeto das paredes climáticas que garantem o equilíbrio dos diversos biomas da cidade.
A invenção, no entanto, foi apropriada por Ebenezer Lynxley, que não apenas tomou o crédito pelo trabalho como destruiu provas e incriminou Agnes por assassinato. O crime serviu para consolidar a narrativa que transformou os répteis em ameaça, justificando sua expulsão e o soterramento dos antigos territórios sob a expansão de Tundratown. Judy percebe que Zootopia, antes vista como símbolo de coexistência, foi construída sobre uma mentira mantida por décadas.
A virada de Pawbert Lynxley e o impacto da traição

O clímax da trama ganha dramaticidade com a transformação de Pawbert Lynxley. O jovem lince, inicialmente apresentado como tímido e desastrado, surge como aliado inesperado de Judy e Gary. Contudo, ao perceber que a verdade pode destruir sua linhagem, Pawbert revela sua lealdade ao legado corrompido dos Lynxley.
O personagem ataca Judy com um veneno e rouba a caneta com o antídoto de Gary, deixando ambos para morrerem no clima extremo. Sua atitude não é motivada por maldade pura, mas por um desejo desesperado de ser aceito pela própria família, que construiu sua reputação sobre um roubo intelectual. Ao inverter o papel que parecia cumprir, Pawbert se torna um contraponto direto a Judy: enquanto ela busca justiça, ele tenta preservar um sistema falho para manter sua identidade.
A traição funciona como um espelho das escolhas que moldam o futuro da cidade, expondo a diferença entre quem enfrenta o passado e quem decide protegê-lo a qualquer custo.
O resgate final e a reconciliação entre Judy e Nick

O desfecho emocional de Zootopia 2 envolve não apenas a exposição da verdade, mas também a reconstrução da parceria entre Judy e Nick. A investigação havia provocado atritos entre os dois, especialmente devido à postura impulsiva de Judy e à cautela de Nick, moldada por experiências traumáticas. A ruptura atinge o ápice quando Nick é preso por seguir ao lado de Judy na busca pela verdade.
A reviravolta acontece quando Nibbles Maplestick, um castor determinado a ajudar amigos mesmo que isso envolva quebrar regras, liberta Nick da prisão. Com a ajuda de Flash, que se revela surpreendentemente veloz ao volante, o detetive parte para salvar Judy. O confronto entre Nick e Pawbert acontece em meio ao risco iminente de perder o antídoto, mas a confiança de Nick em Gary muda o rumo da cena. Ao lançar a caneta para o jovem réptil, Nick reafirma que acredita na capacidade de Gary corrigir o passado.
Com o antídoto aplicado a tempo, Judy sobrevive e consegue resgatar Nick e Pawbert de uma queda fatal. O momento encerra o arco emocional do filme: Judy e Nick se reconciliam, o segredo dos répteis vem à tona e o futuro de Zootopia se abre para uma nova fase, agora com a reintegração dos clãs excluídos.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- 10 melhores K-Dramas para iniciantes
- As melhores sagas do Batman
- As melhores sagas do Superman
- As melhores sagas da Mulher-Maravilha
- As melhores sagas do Asa Noturna

