O filme Um Homem Abandonado, dirigido por Cagri Vila Lostuvali, apresenta a história de Baran, um jovem que teve a vida destruída por uma decisão injusta do pai. Aos 15 anos, ele foi obrigado a assumir a culpa por um crime cometido pelo irmão mais velho, Fatih. O caso envolvia um atropelamento com morte, e o pai acreditava que, por ser menor de idade, Baran cumpriria apenas alguns meses em um reformatório. O plano falhou. O adolescente permaneceu atrás das grades por 15 anos, perdendo a juventude e carregando o peso de uma condenação que não era sua.
A difícil reintegração à sociedade
Quando Baran finalmente deixa a prisão, já adulto, descobre que os pais haviam morrido e que o irmão buscava uma reconciliação tardia. Fatih, arrependido, pede desculpas e o convida para morar com sua família. Baran recusa, mas a pequena Lidiya, filha de Fatih, consegue tocar seu coração e aproximá-lo da família. A reintegração, no entanto, não é simples. O ex-detento enfrenta o estigma do passado, não consegue emprego e tampouco encontra um lar. Sua esperança de abrir uma oficina mecânica esbarra na desconfiança de todos e até em golpes que lhe roubam o pouco dinheiro que havia guardado.
O acidente que muda tudo
A vida de Baran sofre um novo abalo quando Arzu, esposa de Fatih, morre em um acidente de carro, e o irmão entra em coma. Lidiya sobrevive, mas agora depende totalmente do tio. Sem condições financeiras, Baran começa a vender os pertences de Fatih para pagar as contas do hospital. O proprietário da casa ainda exige o despejo da família devido às dívidas acumuladas. Diante do colapso da estrutura familiar, Baran assume a responsabilidade por Lidiya, mesmo sem saber se conseguirá sustentá-la.
A luta por sobrevivência
A busca por emprego o leva até Musa, dono de uma oficina que se recusa a contratá-lo inicialmente. Pressionado por Esat, amigo que Baran fizera na prisão, Musa coloca o ex-detento à prova: consertar um carro que ninguém conseguia recuperar. Depois de dias de esforço, Baran mostra sua habilidade e conquista a vaga. Apesar do trabalho, ele e a sobrinha não tinham onde morar. Em meio às dificuldades, Musa cede uma propriedade abandonada próxima à oficina, onde tio e sobrinha passam a viver. Aos poucos, Baran conquista estabilidade mínima, e a relação com Lidiya se fortalece, transformando-se em um vínculo de afeto e confiança.
O reencontro com Fatih
Meses depois, Fatih recebe alta e decide reassumir os cuidados da filha. A separação é dolorosa tanto para Lidiya quanto para Baran, que haviam se tornado inseparáveis. Mesmo assim, o tio entende que a menina precisa estar ao lado do pai. O afastamento, porém, não rompe o laço entre eles, que continuam se encontrando com frequência.
O desfecho e a mensagem central
No final, Baran encontra estabilidade profissional e consegue abrir sua própria oficina, realizando o sonho que alimentava desde a juventude. Em uma cena simbólica, ele se encontra com Lidiya em um parque, e a menina pede que o tio volte para casa para consertar o forno. Ela ainda insiste para que o tio encontre uma companheira, em tom de inocente cumplicidade. O filme encerra com a reflexão de Baran sobre como a bondade da sobrinha transformou sua vida. Ele afirma que já não é mais “um homem abandonado”, mas sim um homem vivo, completo, capaz de recomeçar.
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