Almut Brühl, uma jovem chef em ascensão, conhece Tobias Durand, representante de uma empresa de alimentos, após um acidente inusitado em que ela o atropela com o carro. O episódio, que poderia ser apenas um contratempo, se transforma no ponto de partida de uma intensa história de amor. Todo Tempo que Temos, longa dirigido por John Crowley e roteirizado por Nick Payne, aposta em uma narrativa não linear para acompanhar as fases da vida do casal, desde os primeiros encontros até os momentos mais dolorosos.
O relacionamento marcado por descobertas e desafios
Tobias atravessa o fim de um casamento frustrado e carrega o medo de nunca se tornar pai. Já Almut enfrenta o desafio de administrar seu próprio restaurante enquanto lida com a ansiedade do futuro. A relação se fortalece, mas logo é abalada por uma revelação: Almut descobre que tem câncer no ovário. Apesar das recomendações médicas de uma histerectomia, ela opta por preservar a possibilidade de ter filhos. A escolha abre caminho para o nascimento de Ella, em uma cena caótica e simbólica que acontece em um posto de gasolina durante um engarrafamento.
A luta contra o tempo e a busca por um legado
Almut passa por tratamentos dolorosos, mas vê a doença retornar. Entre sessões de quimioterapia e planos interrompidos, ela recebe o convite para disputar o prestigiado Bocuse d’Or, uma das maiores competições gastronômicas do mundo. O evento coincide com o dia em que ela e Tobias planejavam se casar, criando um conflito doloroso. Determinada a deixar uma lembrança positiva para a filha, Almut prioriza a competição, desejando ser lembrada como uma grande chef e não apenas como uma mãe doente.
A escolha entre o pódio e a família
A competição exige força física e concentração, mas Almut insiste em participar mesmo debilitada. Tobias, inicialmente revoltado por vê-la sacrificar a saúde, percebe a importância desse momento para a companheira e decide apoiá-la. Com a ajuda de sua assistente, Almut consegue finalizar o prato e impressionar os jurados. Embora o filme não mostre de forma explícita se ela venceu, em uma das versões da história a vitória é confirmada. De qualquer forma, o resultado importa menos do que a decisão da família de abandonar a cerimônia e passar juntos um dos últimos momentos felizes.
A cena final e a ausência de Almut
O clímax chega quando Almut, Tobias e Ella vão patinar no gelo. Ex-patinadora, ela desliza pela pista, afasta-se lentamente da família e acena sorridente. A sequência sugere uma despedida silenciosa. Em seguida, o filme mostra Tobias e Ella cuidando do galinheiro da casa e aprendendo a quebrar ovos, gesto que Almut havia ensinado. A ausência da personagem no quadro final indica que ela morreu, deixando um legado de afeto e ensinamentos.
A herança de amor e a vida que continua
O último detalhe simbólico vem com a presença de um cachorro, prometido anteriormente como forma de ajudar Ella a lidar com a possível perda da mãe. O animal aparece no quintal ao lado da menina, reforçando a ideia de que a vida segue, mesmo com a ausência da figura materna. Tobias assume sozinho a paternidade, transmitindo para Ella aquilo que aprendeu com Almut, em um retrato agridoce de continuidade.
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