Em Sicário: Dia do Soldado, o diretor Stefano Sollima retoma o universo sombrio criado por Denis Villeneuve, colocando novamente lado a lado o agente da CIA Matt Graver (Josh Brolin) e o sicário Alejandro Gillick (Benicio del Toro). Após um ataque em solo americano, o governo dos Estados Unidos passa a classificar os cartéis mexicanos como organizações terroristas. Com essa justificativa, Matt e Alejandro recebem a missão de sequestrar Isabela Reyes (Isabela Merced), filha do líder do Cartel de Reyes, e fazer parecer que o crime foi cometido por uma facção rival. O objetivo é provocar um confronto direto entre os grupos e enfraquecer suas operações.
O plano começa bem, mas rapidamente foge ao controle. A operação resulta em mortes de criminosos e policiais mexicanos — muitos deles corruptos — e acaba exposta ao público, gerando crise política e forçando Washington a interromper a missão.
A queda do plano e a separação dos protagonistas
No momento em que a operação desmorona, Alejandro e Isabela ficam isolados no território mexicano, sem proteção oficial. A dupla tenta voltar aos Estados Unidos por conta própria, mas é capturada por contrabandistas que pretendem usar a garota como moeda de troca. Nesse ponto, surge Miguel (Elijah Rodriguez), um jovem envolvido com os criminosos que, durante a fuga, atira em Alejandro à queima-roupa, atingindo seu rosto e deixando-o aparentemente morto.
Matt, que havia recebido ordens para eliminar tanto Alejandro quanto Isabela, observa a cena de um helicóptero. Entre cumprir a determinação e seguir sua consciência, opta por agir por conta própria: mata os contrabandistas, resgata Isabela e a coloca sob proteção de testemunhas, contrariando a frieza habitual de suas ações.
O destino de Isabela e a transformação de Matt
Isabela começa a história como uma adolescente arrogante e protegida pelo poder do pai, mas rapidamente percebe a fragilidade de sua posição quando se torna alvo. Ao final, permanece viva, porém ainda como peça de barganha no jogo de interesses entre cartéis e governo. Para Matt, a escolha de poupar a jovem marca uma ruptura com seu perfil pragmático e implacável. A culpa pelo destino de Alejandro e a brutalidade da missão parecem despertar nele uma rara dose de compaixão, ainda que essa atitude possa trazer consequências políticas graves.
A surpreendente sobrevivência de Alejandro
Apesar do tiro no rosto, Alejandro sobrevive. Gravemente ferido, consegue escapar dos criminosos e eliminar alguns perseguidores, mas agora está completamente só e oficialmente morto para o governo americano. Essa condição de “fantasma” o liberta de amarras institucionais, permitindo que atue por conta própria, mas também o deixa vulnerável.
Um ano depois: a proposta a Miguel
No epílogo, passado um ano, Miguel surge já integrado ao mundo do crime, com tatuagens e aparência endurecida. Ele é surpreendido por Alejandro, que carrega apenas uma cicatriz como lembrança do confronto. Ao invés de buscar vingança, o sicário lhe faz uma pergunta direta: “Quer ser um sicário?”. A cena sugere que Alejandro vê em Miguel não apenas o potencial de um aprendiz, mas também um instrumento para continuar sua guerra pessoal contra o Cartel de Reyes.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- Séries que você precisa assistir se gostou de Virgin River
- Séries que você precisa assistir se gostou de 1992
- K-Dramas que você precisa assistir se gostou de Meninos Antes de Flores
- Séries que você precisa assistir se gostou de Irracional