Robô Selvagem, nova animação da DreamWorks baseada no livro de Peter Brown, apresenta uma das narrativas mais emocionantes do estúdio nos últimos anos. A trama acompanha Roz, um robô da linha ROZZUM, dublado por Lupita Nyong’o, que acaba naufragando em uma ilha remota após um acidente. Cercada por animais inicialmente hostis, a máquina precisa se adaptar ao ambiente selvagem e encontra um novo propósito ao adotar Brightbill, um filhote de ganso que se torna seu filho.
Com o passar do tempo, Roz deixa de ser apenas uma assistente programada e passa a agir como mãe, companheira e líder. Essa transformação dá o tom da história, que mescla momentos de aventura e ação com reflexões sobre família, afeto e pertencimento.
O segredo sobre Brightbill e o peso da maternidade
Logo no início, o público descobre que Brightbill é o único sobrevivente de um trágico acidente provocado pela própria Roz. Sem perceber, ela derruba uma árvore sobre o ninho da família do filhote, destruindo os ovos e deixando apenas um intacto. O robô cria Brightbill sem revelar a verdade, ensinando-o a comer, nadar e voar.
Quando a revelação vem à tona, o vínculo entre os dois é abalado. Brightbill se sente enganado e rejeitado pela mãe adotiva. No entanto, o tempo, a convivência e as lições de Roz acabam aproximando novamente os dois, consolidando o arco emocional mais marcante do longa: a transformação de uma máquina em uma verdadeira mãe.
A união dos animais e a mensagem de convivência
Um dos momentos centrais de Robô Selvagem ocorre durante o rigoroso inverno. Roz reúne todos os animais da ilha, incluindo predadores como Thorn, o urso vivido por Mark Hamill, e os convence a viverem em harmonia para sobreviver. O gesto cria uma trégua inesperada, mudando a dinâmica entre espécies que antes se viam apenas como caçadores e presas.
Essa união mostra que o impacto de Roz vai além da relação com Brightbill. A robô consegue criar uma comunidade baseada na cooperação, reforçando a mensagem de que amor e solidariedade podem superar instintos de violência e egoísmo.
O ataque da Universal Dynamics e o sacrifício final
A tranquilidade da ilha não dura muito. A corporação Universal Dynamics envia Vontra, uma máquina avançada, para capturar Roz. O embate resulta em batalhas intensas, perseguições e até na captura da protagonista, que chega a ter suas memórias apagadas. Ainda assim, de forma quase milagrosa, Roz preserva lembranças de Brightbill e do tempo que passou na ilha.
No clímax, Brightbill consegue resgatá-la e juntos eles derrotam Vontra. A vitória, porém, não significa o fim da ameaça. Ciente de que a empresa voltará, Roz decide se sacrificar novamente: parte da ilha e de sua família adotiva para atrair o perigo para longe. Antes de embarcar em outra nave, ela promete a Brightbill que retornará.
O futuro dos animais e os caminhos abertos para continuações
Mesmo sem Roz, a ilha segue transformada pela sua presença. Brightbill amadurece e assume um papel de liderança em seu bando, enquanto Fink, a raposa vivida por Pedro Pascal, deixa de lado sua postura egoísta para ajudar os outros animais. A convivência promovida pela robô cria um legado de união e esperança que se mantém após sua partida.
O filme também insere pistas sobre o estado do planeta, revelando cidades submersas, como São Francisco, e sinais de abandono humano em diversas regiões. Esses detalhes sugerem um futuro distópico marcado por mudanças climáticas e colapso social, elementos que podem ser mais explorados em eventuais continuações.
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