Predador: Terras Selvagens, dirigido por Dan Trachtenberg, marca mais uma reviravolta na icônica franquia de ficção científica. Desta vez, o diretor opta por inverter papéis e transformar o que antes era visto como vilão em protagonista, explorando o lado emocional e moral de um jovem Yautja chamado Dek. O longa combina ação brutal, mitologia expandida e uma reflexão sobre identidade e ruptura de tradições, culminando em um desfecho intenso que abre espaço para novos rumos na saga.
A jornada de Dek e a virada final

O filme acompanha Dek em sua tentativa de provar seu valor como caçador, contrariando as regras de seu clã e desafiando o rígido Yautja Codex. Ao lado de Thia, uma androide da Weyland-Yutani interpretada por Elle Fanning, e do jovem Bud, uma criatura nativa do planeta Genna, ele embarca em uma jornada de autodescoberta que o leva a questionar o que realmente significa ser um guerreiro.
Após derrotar Tessa, a irmã sintética de Thia, em uma sequência de ação repleta de referências a Alien, Dek retorna ao seu planeta natal, Yautja Prime. Lá, apresenta a cabeça de Tessa como troféu para o pai, Njhorr, esperando finalmente ser reconhecido como caçador digno. No entanto, o patriarca rejeita a oferenda por não se tratar do crânio de um Kalisk, a criatura que Dek deveria ter caçado. O conflito leva pai e filho a um confronto direto, em que Dek vence e declara ter encontrado um novo “clã”, formado por Thia e Bud.
A última cena mostra um novo elemento enigmático: uma nave se aproxima, e Thia pergunta se são aliados de Dek. Ele responde apenas: “Minha mãe.” A tela escurece, deixando o público com um misto de expectativa e dúvida sobre o que virá a seguir.
O significado simbólico do duelo final

A luta entre Dek e seu pai representa mais do que uma disputa física. Ela é a síntese do embate entre tradição e mudança dentro da cultura Yautja. Enquanto Njhorr acredita que a força e o isolamento são sinônimos de poder, Dek passa a compreender que a verdadeira liderança vem da proteção e da empatia, conceitos inspirados nas falas de Thia sobre o comportamento dos lobos.
Essa transição de valores transforma Dek em um tipo de “alfa protetor”, rompendo com séculos de brutalidade e abrindo caminho para um novo código de honra entre os Predadores. O gesto final de declarar independência de seu clã e formar uma nova família reforça a mensagem de superação e evolução cultural, temas que Trachtenberg já havia explorado em A Caçada.
Weyland-Yutani e o elo com o universo de Alien

A presença de Thia e Tessa, ambas sintéticas da corporação Weyland-Yutani, confirma o cruzamento entre as franquias Predador e Alien. A empresa, conhecida por sua obsessão em explorar espécies alienígenas com fins lucrativos, aparece interessada nas propriedades regenerativas do Kalisk, criatura que Dek inicialmente pretende caçar. A busca por transformar essa habilidade em lucro bioquímico reflete o mesmo tipo de ambição visto nas produções do universo Alien, sugerindo que os eventos de Terras Selvagens podem se conectar ao futuro da série Alien: Earth.
O que o final prepara para o futuro da franquia

O desfecho de Predador: Terras Selvagens deixa claro que Trachtenberg ainda tem planos ambiciosos para a saga. A chegada da nave, possivelmente pilotada pela mãe de Dek, abre novas possibilidades narrativas. Ela pode representar uma ameaça ainda maior do que o próprio Njhorr ou até mesmo um convite para um novo ciclo de caçadas.
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