O cineasta Dan Trachtenberg, responsável por O Predador: A Caçada, retorna ao comando com Predador: Assassino de Assassinos, oitava produção da saga e primeira em formato animado. A princípio vendido como uma antologia, o longa surpreende ao revelar que as três histórias apresentadas em diferentes épocas se conectam em uma trama única. A narrativa não apenas amplia o escopo do universo dos Yautja, como também deixa em aberto novas possibilidades para futuras sequências, inclusive uma continuação direta de Prey.
Ursa e o peso da tragédia
A guerreira viking Ursa, dublada por Lindsay LaVanchy, inicia sua jornada no ano de 841 d.C., marcada pela perda do pai e, posteriormente, pela morte do filho Anders. Sua trajetória de vingança contra o inimigo que destruiu sua vida acaba revelando que a verdadeira ameaça era um Predador. Após derrotar a criatura, ela é capturada e levada para uma nave alienígena, onde descobre que faz parte de algo muito maior. No ato final, Ursa se sacrifica ao destruir o harpoon que impedia a fuga dos companheiros. Embora capturada pelos Yautja, ela permanece viva, o que abre espaço para um possível retorno em produções futuras.
Kenji e a redenção de um samurai
O samurai Kenji, interpretado por Louis Ozawa, tem sua história marcada pela rivalidade com o irmão Kiyoshi, no Japão feudal. Depois de anos de exílio, ele retorna para confrontar o familiar, mas ambos são surpreendidos por um Predador. O ataque força os irmãos a lutar lado a lado, ainda que Kiyoshi não sobreviva. Capturado pelos Yautja, Kenji acaba integrado à trama central da animação. Durante a fuga da arena alienígena, ele perde um braço em combate, mas permanece ao lado de Torres. A cena final mostra que, embora sobrevivente, o samurai ainda está longe da segurança.
Torres e a ligação com a franquia
O piloto da Segunda Guerra Mundial, Torres, vivido por Rick Gonzalez, é talvez o personagem com maiores chances de sobrevivência. Mais afortunado que Ursa e Kenji, ele escapa praticamente ileso e assume a condução da nave durante a fuga. O detalhe mais comentado, no entanto, está no artefato entregue a ele: a pistola de Raphael Adolini, de 1715. A arma já havia aparecido em Predador 2 (1990) e voltou a ganhar destaque em O Predador: A Caçada (2022), quando Naru a recebeu do próprio Adolini. O objeto funciona como elo entre diferentes capítulos da franquia, reforçando a interconexão das histórias.
Naru e o impacto do cameo
A aparição de Naru, interpretada por Amber Midthunder em Prey, é o grande choque do desfecho. A guerreira Comanche surge aprisionada em uma câmara de criostase, revelando que seu destino após derrotar um Predador em 1719 não foi exatamente um final feliz. Sua presença amplia as possibilidades narrativas e sugere que outros sobreviventes icônicos, como Dutch (Arnold Schwarzenegger) e Harrigan (Danny Glover), também possam ter sido capturados ao longo da cronologia.
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