Lançado em 2014 e dirigido pelos irmãos Michael e Peter Spierig, O Predestinado conquistou a crítica ao se destacar como um dos filmes de ficção científica mais interessantes dos últimos tempos. A trama acompanha o Agente interpretado por Ethan Hawke, um investigador que não atua pelas ruas de Nova York, mas através das décadas, em busca de um terrorista conhecido como Fizzle Bomber. Apesar de não ter ido bem nas bilheteiras, o longa se tornou cult por seu enredo envolvente e pelas camadas filosóficas que questionam até onde o destino pode ser alterado.
A história por trás do ciclo
O ponto central da narrativa está no personagem vivido por Sarah Snook, que nasce como Jane, mas após complicações médicas e uma cirurgia passa a viver como John. Sem saber, Jane se apaixona por uma versão mais velha de si mesma e gera um bebê que será raptado pelo próprio Agente. Essa criança será levada para um orfanato em 1945, crescendo para se tornar a própria Jane. Assim, cria-se um paradoxo fechado: Jane, John, o Agente e o bebê são, na verdade, a mesma pessoa em diferentes estágios da vida.
A revelação do Fizzle Bomber
O grande choque da história acontece quando o Agente descobre que o Fizzle Bomber que ele persegue por toda a vida é, na verdade, a sua versão futura. Após anos viajando no tempo, sua mente se fragmenta e ele passa a acreditar que os atentados podem salvar vidas em outras linhas temporais. No confronto final, o Agente decide matar o Fizzle Bomber, na esperança de quebrar o ciclo, mas o ato levanta dúvidas sobre se realmente é possível escapar do destino.
A manipulação de Mr. Robertson
Outro personagem-chave é Mr. Robertson, líder da Agência Temporal. Ele atua como verdadeiro arquiteto da vida do Agente, manipulando cada fase de sua trajetória para criar o que considera o agente perfeito: alguém sem família, sem passado e preso a um ciclo infinito de missões. Robertson não apenas acompanha, mas também direciona os acontecimentos, mostrando que, em O Predestinado, o destino pode ser menos uma questão de inevitabilidade e mais resultado de manipulações externas.
O paradoxo que sustenta a trama
A lógica da viagem no tempo no filme é circular. Tudo começa com o bebê deixado no orfanato em 1945 e se fecha quando o Agente, já desfigurado, assume o papel de recrutar John em 1970. Esse ciclo perfeito sustenta a ideia de que os personagens nunca escapam de si mesmos. No entanto, o confronto final com o Fizzle Bomber sugere uma brecha, levantando a possibilidade de linhas temporais alternativas onde o destino talvez possa ser reescrito.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- Séries que você precisa assistir se gostou de Virgin River
- Séries que você precisa assistir se gostou de 1992
- K-Dramas que você precisa assistir se gostou de Meninos Antes de Flores
- Séries que você precisa assistir se gostou de Irracional