O Macaco, novo longa de Osgood Perkins, adapta o conto de Stephen King e mostra como um simples brinquedo de corda pode carregar o peso da tragédia familiar. O filme acompanha Hal e Bill, irmãos gêmeos que descobrem cedo o poder mortal do macaco mecânico, capaz de provocar acidentes letais sempre que sua chave é girada. Ao longo da narrativa, passado e presente se entrelaçam em uma espiral de rancores, culpas e perdas, até que o reencontro dos irmãos no fim da trama leva a um desfecho tão sangrento quanto simbólico.
O confronto entre Hal e Bill
Na juventude, os gêmeos já haviam tentado se livrar do brinquedo, jogando-o em um poço. No entanto, a ligação deles com o objeto nunca se rompeu. Décadas depois, Hal (Theo James) vive isolado, tentando proteger seu filho Petey dos efeitos do brinquedo e de sua própria história familiar. É nesse contexto que Bill reaparece e exige o retorno do macaco, convencido de que só ele pode controlá-lo. O reencontro escancara feridas antigas, especialmente a acusação de Bill de que Hal foi o responsável pela morte da mãe deles, causada indiretamente pelo brinquedo.
O caos sem controle
Na tentativa de forçar o brinquedo a cumprir sua vontade, Bill gira repetidas vezes a chave do macaco, provocando uma sequência de mortes bizarras e violentas pela cidade. Essa escalada de carnificina reflete não apenas o poder incontrolável do objeto, mas também a obsessão do personagem em buscar vingança a qualquer custo. A destruição se torna um reflexo do colapso da relação entre os irmãos, marcada pela incapacidade de se libertar do passado.
A morte irônica de Bill
Quando finalmente parece disposto a se reconciliar com Hal, Bill é morto de maneira brutal e simbólica: uma bola de boliche da mãe o decapita em meio a uma armadilha que ele mesmo havia armado. A cena reforça a ironia trágica do personagem, que passou a vida tentando controlar o destino e acabou vítima de seu próprio rancor. Perkins deixa claro que, em O Macaco, a morte é inevitável e, sobretudo, incontrolável.
Hal, Petey e a herança maldita
Após a morte do irmão, Hal decide não abandonar o brinquedo. A escolha pode parecer contraditória, mas faz sentido dentro da lógica do personagem: deixar o objeto solto seria um risco ainda maior. Sua decisão é guardá-lo em segurança, mantendo-o próximo, mas sem nunca mais ativá-lo. Assim, ele e o filho seguem viagem, atravessando os escombros da destruição causada pelo brinquedo.
A aparição do cavaleiro pálido
Na estrada, Hal e Petey testemunham a figura enigmática de um cavaleiro pálido montado em um cavalo. A imagem é uma referência bíblica ao livro do Apocalipse, em que a morte surge sobre um cavalo claro. O símbolo reforça a sensação de que o rastro de mortes deixado pelo macaco não se limita a tragédias isoladas, mas se conecta a algo maior, uma força inevitável e universal.
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