O filme O Clube do Crime das Quintas-Feiras, adaptação da obra de Richard Osman, chegou à Netflix com direção de Chris Columbus e um elenco de peso, que inclui Helen Mirren, Pierce Brosnan, Ben Kingsley e Celia Imrie. A produção acompanha um grupo de aposentados que se reúne semanalmente para investigar crimes não resolvidos. O que começa como uma atividade de passatempo rapidamente se transforma em algo mais sombrio quando mortes reais acontecem dentro do espaço onde vivem.
O assassinato de Tony Curran
O primeiro grande crime da trama envolve Tony Curran, um dos donos do asilo Cooper’s Chase. À primeira vista, Tony parece ser um protetor dos moradores, mas logo se revela envolvido em práticas criminosas. Ele e Bobby Tanner traziam imigrantes ilegais para trabalhar e, em seguida, confiscavam seus passaportes, transformando-os em mão de obra explorada.
Entre as vítimas estava Bogdan, que desesperado para voltar ao seu país e visitar a mãe doente, invade a casa de Tony para recuperar seus documentos. A situação foge do controle e Bogdan acaba matando o empresário de forma acidental, estabelecendo o ponto de virada da história.
O passado de Penny e o peso de John
A trama se adensa ao revelar o passado de Penny Grey, ex-policial e uma das fundadoras do clube. Décadas antes, ela descobriu que Peter Mercer havia matado sua namorada, Angela Hughes, mas escapara da justiça. Convencida de que não haveria punição, Penny decide assassiná-lo e pede ajuda ao marido John para ocultar o corpo. Mercer acaba enterrado em Cooper’s Chase, criando um segredo que ameaça ressurgir quando o local passa a ser alvo de obras de expansão.
Anos depois, já fragilizada pela doença, Penny deixa para John o fardo desse segredo. Pressionado pela culpa e pelo risco de que tudo viesse à tona, John decide agir como a esposa no passado e elimina Ian Ventham, sócio de Tony e responsável pelo projeto de demolição. Utilizando sua experiência como veterinário, injeta uma dose letal de fentanil em Ian, acreditando proteger a memória da esposa.
A tragédia final de John e Penny
Quando a verdade começa a se desfazer, John percebe que não conseguirá sustentar as mentiras. Movido pelo desespero e pelo amor, escolhe abreviar a vida de Penny, já em estado terminal, e em seguida a própria, encerrando de forma sombria sua trajetória. O duplo suicídio encerra um ciclo iniciado décadas antes, mostrando como decisões tomadas em nome da justiça podem se transformar em tragédias irreversíveis.
O destino de Cooper’s Chase
Com a morte de Tony e Ian, o destino do asilo passa às mãos de Bobby Tanner, que inicialmente deseja vender a propriedade. No entanto, Elizabeth, uma das integrantes mais enigmáticas do clube e antiga agente de inteligência, consegue negociar a continuidade do espaço. O local é adquirido por Joanna, filha de Joyce, que garante um futuro digno para os moradores. Assim, o clube não apenas sobrevive, como também encontra novo propósito em sua missão.
O papel de Elizabeth e os novos laços
Elizabeth, cuja carreira no serviço secreto nunca é totalmente revelada, torna-se peça-chave na resolução dos conflitos. Sua astúcia e experiência em manipulação são fundamentais para expor segredos e proteger os amigos. Ao mesmo tempo, Joyce assume um papel mais ativo no grupo, ganhando respeito por suas habilidades como ex-enfermeira e firmando um elo afetivo mais forte com os demais integrantes.
O desfecho reforça a ideia de que, mesmo diante de perdas irreparáveis, a amizade e o senso de comunidade podem renovar caminhos.
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