Adaptação do conto homônimo de George R.R. Martin, Nas Terras Perdidas é uma fantasia sombria que desafia expectativas e leva o espectador por um mundo brutal, distópico e repleto de reviravoltas. Dirigido por Paul W.S. Anderson e estrelado por Milla Jovovich e Dave Bautista, o filme mergulha em temas como ambição, traição e as consequências dos desejos mal interpretados. A seguir, explicamos os principais pontos do enredo e desvendamos o final surpreendente da trama.
Gray Alys, a bruxa que manipula destinos
Gray Alys, interpretada por Jovovich, é o centro da narrativa. Conhecida como “a bruxa que não pode ser enforcada”, ela vive à margem de uma sociedade governada por um regime autoritário religioso. Sua reputação cresce como símbolo de resistência à opressão da Igreja, liderada pelo Patriarca e sua fiel executora, Ash.
A trama começa quando a Rainha, esposa do enfraquecido ditador Overlord, procura Alys com um pedido: obter o poder de se transformar em uma besta. Alys, que nunca recusa um desejo, aceita a missão e parte rumo às perigosas Terras Perdidas. Para isso, recruta Boyce (Bautista), um caçador errante com um passado misterioso, que já foi amante da própria Rainha.
A verdadeira natureza de Boyce
A jornada leva Alys e Boyce até o Rio da Caveira, onde acreditam que vive um poderoso lobisomem. No entanto, o clímax revela uma das maiores reviravoltas do filme: Boyce era o lobisomem procurado desde o início. Alys já sabia disso, e havia envenenado seu corpo com prata após tratá-lo de um ferimento anterior, enfraquecendo-o intencionalmente para extrair sua pele e entregá-la à Rainha.
O desejo da Rainha, motivado por uma mistura de amor e sede de poder, tem um preço cruel: obter o dom da transformação custou a vida de seu amante. Quando ela descobre a origem da pele de lobisomem, já é tarde demais. A pele vira cinzas, o que simboliza a falha de seu desejo — mais uma vítima do estilo “Pata do Macaco” que caracteriza os feitiços de Alys.
A rebelião e a queda do poder
Enquanto Alys retorna à cidade com a pele de Boyce, um levante popular eclode. Sua presença serve como catalisador para a revolta contra o regime do Overlord e da Igreja. A Rainha, agora viúva e desacreditada, foge, deixando a cidade à mercê do caos e da ambição de novos pretendentes ao poder.
Esse desfecho reforça a crítica central da obra: desejos mal formulados e ambições desmedidas têm consequências devastadoras. Alys, com sua habilidade de prever o futuro e manipular ilusões, orquestra os eventos de modo a cumprir todos os pedidos que lhe foram feitos — mas à sua maneira, garantindo que o sistema de opressão ruísse por completo.
A volta de Boyce e o reencontro com Alys
Apesar de ter sido traído, morto e esfolado por Alys, Boyce ressurge de sua cova. O feitiço da bruxa o trouxe de volta, revelando que ela também havia planejado sua ressurreição. Furioso com a traição, Boyce a confronta, mas logo percebe que sua volta à vida também foi parte de um plano maior.
No fim, os dois se veem obrigados a lutar lado a lado mais uma vez, desta vez contra os novos perigos que surgem após o colapso do regime. O desfecho ambíguo, com o casal enfrentando um mundo em ruínas, sugere que suas histórias ainda não terminaram — e que, mesmo desconfiando um do outro, talvez precisem caminhar juntos para sobreviver.
A magia de Alys
Apesar de aparentar possuir uma vasta gama de poderes — como controle de fogo e telecinesia —, a verdadeira força de Gray Alys está na sua capacidade de prever o futuro e criar ilusões. Seus feitiços, portanto, não são exatamente mágicos, mas sim manipulações cuidadosamente calculadas que influenciam a percepção e os acontecimentos.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- Séries que você precisa assistir se gostou de Virgin River
- Séries que você precisa assistir se gostou de 1992
- K-Dramas que você precisa assistir se gostou de Meninos Antes de Flores
- Séries que você precisa assistir se gostou de Irracional