O suspense psicológico Lazarus, criado por Harlan Coben e estrelado por Sam Claflin e Bill Nighy, conquistou o público com uma mistura intensa de drama familiar, mistério policial e elementos sobrenaturais. Ao longo de seis episódios, a série do Prime Video acompanha Joel Lazarus, um homem atormentado que retorna à cidade natal após a morte do pai, o renomado psiquiatra Dr. Jonathan Lazarus, e se vê preso em uma teia de assassinatos, segredos e visões perturbadoras. O desfecho da primeira temporada trouxe grandes revelações, mas também deixou portas abertas para um possível segundo ano.
O retorno de Joel e as visões misteriosas

A trama começa quando Joel volta para a casa da família após o aparente suicídio do pai. Desde o início, há sinais de que a morte de Jonathan esconde algo mais profundo. Um bilhete encontrado ao lado do corpo, com a frase “It’s not over” (“Não acabou”) e o desenho de uma mesa de três pernas, sugere que os segredos do passado ainda não foram totalmente revelados.
Logo depois, Joel começa a ter visões inquietantes. Ele vê o espírito do pai e das vítimas de antigos casos de Jonathan, incluindo pacientes como Cassandra, Harry e Imogen. As aparições o conduzem a uma investigação que conecta o passado do pai a uma série de mortes mal explicadas, todas de pessoas ligadas ao consultório psiquiátrico da família.
Essas visões, no entanto, geram uma dúvida constante: seriam manifestações sobrenaturais ou fruto da mente fragilizada de Joel, que já havia sofrido um colapso mental após o assassinato da irmã, Sutton, 25 anos antes?
O mistério da mesa de três pernas

O símbolo desenhado por Jonathan no bilhete, uma mesa de três pernas, torna-se um dos elementos centrais do enredo. Ele aparece repetidamente em anotações, objetos e até nas visões de Joel. Com o tempo, o símbolo revela-se uma referência a um dolmen, uma estrutura funerária ancestral que representa a passagem entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
Durante um diálogo entre pai e filho, Jonathan explica que a mesa simboliza a natureza cíclica da vida: filhos herdam os erros dos pais e, se nada for feito, o ciclo de violência e culpa se repete indefinidamente. Essa reflexão permeia todo o final da série e reforça a ideia de que Joel precisa romper com os padrões destrutivos da família Lazarus para não repetir os pecados de seu pai.
A verdade sobre Sutton e o colapso da família

O assassinato de Sutton é o trauma que dá origem a toda a tragédia familiar. Durante anos, Joel acreditou que sua morte estivesse ligada aos crimes que investigava, mas a verdade é ainda mais sombria e pessoal. Sutton foi morta por Sam Olsen, um antigo colega de escola obcecado por ela. Sam invadia a casa dos Lazarus para fotografá-la e, em uma noite de confronto, tentou violentá-la, acabando por matá-la acidentalmente.
A revelação encerra uma das maiores feridas de Joel e de sua irmã sobrevivente, Jenna, ao mesmo tempo em que explica a transformação do pai. Após a morte brutal da filha, Jonathan se tornou um homem frio e obsessivo, o que o levou a cruzar uma linha irreversível.
Jonathan Lazarus, o verdadeiro assassino

O grande ponto de virada do final ocorre quando Joel descobre que seu pai não foi vítima de assassinato, mas o próprio autor de uma série de crimes. Jonathan matou diversos de seus pacientes, convencido de que estava “libertando” pessoas que considerava irrecuperáveis. Entre suas vítimas estão Cassandra, Harry e Imogen, cada uma morta sob a justificativa de “salvação”.
Para esconder seus crimes, Jonathan manipulou Alison Brown, uma detetive amiga da família, fornecendo provas falsas para incriminar outros suspeitos. Quando Alison finalmente descobre a verdade, confronta o psiquiatra em seu consultório e o força a encerrar o ciclo de mortes. Ele então se suicida, mas insiste — em uma de suas últimas gravações — que foi, de certa forma, “assassinado” por ela, já que não teve escolha.
Os fantasmas, as fitas e o colapso mental de Joel

As visões de Joel, que parecem tão reais ao longo da série, são finalmente explicadas de forma ambígua. Em seu escritório, Jenna encontra fitas de áudio com todas as sessões de terapia gravadas por Jonathan. Cada uma das conversas que Joel acreditava ter com os fantasmas correspondia exatamente a diálogos registrados nas fitas, sugerindo que ele estava revivendo memórias e fragmentos de som de sua própria mente.
Essa revelação dá um tom mais psicológico e trágico à narrativa. As aparições não seriam sobrenaturais, mas um reflexo do trauma e da deterioração mental de Joel, incapaz de distinguir o real do imaginário.
O legado de culpa e o novo ciclo
No clímax, Joel descobre também que Aiden, um jovem envolvido nos acontecimentos, é seu filho biológico, fruto de um breve reencontro com a ex-esposa Bella. A presença do garoto reforça o tema da herança familiar e o perigo de repetir os mesmos erros do passado.
Na cena final, Joel visita Laura, uma mulher que deveria ser tratada por Jonathan, mas que passou a ser paciente dele próprio após a morte do pai. Ao chegar à casa dela, o local está completamente revirado. No meio do caos, Aiden aparece na porta, com um olhar perturbado e uma faca ensanguentada nas mãos. Ele diz apenas: “Desculpa”.
A cena encerra a temporada com uma pergunta inquietante: o ciclo de violência e loucura da família Lazarus está recomeçando na nova geração?
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- 10 melhores K-Dramas para iniciantes
- As melhores sagas do Batman
- As melhores sagas do Superman
- As melhores sagas da Mulher-Maravilha
- As melhores sagas do Asa Noturna

