O cinema de horror corporal vive um momento de destaque, e a estreia de Juntos reforça essa tendência. O longa marca a estreia de Michael Shanks na direção e traz Alison Brie e Dave Franco, que também são casados na vida real, como protagonistas. A trama mistura romance e grotesco, colocando um casal diante de um dilema físico e emocional perturbador: a fusão literal de seus corpos.
A premissa do filme
A história acompanha Tim e Millie após a mudança para uma casa isolada no interior. Durante uma caminhada, Tim bebe de uma fonte em uma caverna misteriosa e, a partir daí, coisas estranhas começam a acontecer. O casal descobre que seus corpos passam a se unir de forma involuntária sempre que estão próximos. O que no início parece um acidente bizarro vai se tornando cada vez mais grave, com momentos de dor e desespero em cada separação.
O mistério da caverna e o vizinho enigmático
Conforme investigam a origem do problema, Tim e Millie conhecem Jamie, vizinho e colega de trabalho dela. Ele revela que a caverna foi usada por um culto cujo objetivo era unir casais em um único ser. O próprio Jamie é fruto desse ritual, resultado da fusão de dois homens. A revelação dá sentido ao sumiço de outros moradores da região e indica que Tim e Millie estão diante de um processo inevitável.
O clímax da transformação
Em meio a discussões e tentativas fracassadas de resistir, o casal percebe que lutar contra a fusão pode trazer consequências ainda mais violentas, como ocorreu com outras vítimas do culto. Durante um confronto, Millie acaba gravemente ferida e, para evitar sua morte, Tim decide unir seu braço ao ferimento dela. Esse gesto de entrega marca o início do processo final. Juntos colocam para tocar 2 Become 1, da banda Spice Girls, e aceitam se transformar em uma única entidade, selando a união definitiva.
O desfecho inquietante
No último ato, os pais de Millie chegam para uma visita, já anunciada ao longo do filme. Ao baterem na porta, são recebidos não por Tim nem por Millie, mas por uma figura andrógina que carrega traços dos dois. A fusão está completa. A presença de um símbolo do culto na casa sugere que o novo ser, apelidado por fãs de “Tillie”, pode não apenas ter aceitado sua condição, mas também estar disposto a perpetuar o ciclo.
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