Interestelar, dirigido por Christopher Nolan, continua gerando debates mais de uma década após sua estreia. O filme mostra um futuro em que a Terra se torna inóspita por conta de pragas e mudanças climáticas, levando a humanidade à beira da extinção. Nesse cenário, o ex-piloto da NASA Cooper, interpretado por Matthew McConaughey, é recrutado para uma missão espacial que busca encontrar um novo lar para a espécie. A escolha, porém, significa abandonar seus filhos e enfrentar o tempo de maneira dolorosa, já que cada minuto longe pode equivaler a décadas na Terra.
Por que deixar a Terra era inevitável
Logo no início, fica claro que a agricultura entrou em colapso e a vida no planeta se tornou insustentável. A NASA, em segredo, desenvolve um projeto para salvar a humanidade, utilizando um misterioso buraco de minhoca próximo a Saturno, aberto por uma civilização desconhecida. Esse atalho intergaláctico permite a viagem a outros sistemas em busca de mundos habitáveis. Treze astronautas já haviam sido enviados anteriormente, mas apenas três planetas ainda transmitiam sinais de vida, cabendo à tripulação da Endurance investigar se poderiam abrigar a civilização humana.
Dois planos para salvar a espécie
O professor Brand, vivido por Michael Caine, apresenta dois caminhos para a sobrevivência. O primeiro seria transportar toda a população da Terra em uma gigantesca estação espacial, mas isso dependia da resolução de uma equação capaz de manipular a gravidade. O segundo plano, chamado de “Plano B”, consistia em usar embriões humanos para reiniciar a espécie em outro planeta, mesmo que isso significasse abandonar todos que permanecessem no planeta natal. Mais tarde, descobre-se que Brand nunca acreditou de fato no Plano A e que a verdadeira aposta da missão sempre foi a segunda alternativa.
A aposta de Cooper e o sacrifício pelo futuro
Ao perceber a manipulação de Brand, Cooper decide se sacrificar. Ele mergulha com a nave no buraco negro Gargântua, permitindo que Amelia Brand, papel de Anne Hathaway, continue a missão em busca de um planeta viável. O objetivo é enviar o robô TARS ao interior da singularidade para coletar dados que possam completar a equação de gravidade. O gesto de Cooper garante a chance de que, mesmo distante, sua filha Murph possa encontrar a solução que permitirá salvar a humanidade.
Quem são “eles” no filme
Durante boa parte da trama, acredita-se que seres superiores, talvez alienígenas, estariam guiando os humanos. Porém, a revelação do desfecho mostra que “eles” são, na verdade, humanos do futuro. Essa civilização avançada dominou a física de quinta dimensão e criou o Tesseract, uma estrutura que permite manipular o tempo e o espaço. Dentro dele, Cooper consegue se comunicar com Murph quando ela ainda era criança, transmitindo dados cruciais por meio do relógio que havia deixado para ela.
O papel do tempo e a comunicação com Murph
O filme trabalha de forma constante com a dilatação temporal, e o ápice disso ocorre na cena em que Cooper interage com a filha através do relógio. Graças à gravidade que atravessa dimensões, ele consegue enviar a informação necessária para que Murph finalize a equação. Já adulta, interpretada por Jessica Chastain, ela se torna a responsável por viabilizar o transporte em massa da população para fora da Terra, concretizando o Plano A, antes considerado impossível.
A reunião com a filha e o destino de Amelia
Depois de escapar do Tesseract, Cooper é resgatado pela nova estação espacial, onde reencontra Murph já idosa. A cena marca o reencontro entre pai e filha, mas também a despedida, já que Murph está no fim da vida. Ciente de que não há mais nada que o prenda, Cooper decide partir em busca de Amelia, que permanece em Edmunds, um planeta habitável, mas solitário após a morte do astronauta que o explorava. O filme deixa em aberto se os dois realmente se reencontram, mas sugere que ainda há esperança de um futuro juntos.
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