O filme Exterritorial, sucesso da Netflix, é um thriller de ação que se passa quase inteiramente dentro do consulado dos Estados Unidos em Frankfurt, na Alemanha. A trama acompanha Sara Wulf, interpretada por Jeanne Goursaud, uma ex-soldado das Forças Especiais que se vê em uma corrida desesperada para reencontrar o filho Josh, desaparecido de forma misteriosa dentro da própria embaixada. O longa combina cenas de combate corpo a corpo com intrigas políticas e militares, enquanto expõe feridas do passado da protagonista e uma conspiração internacional que ameaça muito mais do que a vida de uma mãe e seu filho.
O desaparecimento de Josh e a conspiração inicial
O ponto de partida da narrativa ocorre quando Sara deixa Josh em uma sala de recreação do consulado enquanto aguarda por uma entrevista de visto. Pouco tempo depois, o menino some sem deixar rastros. Ao pedir ajuda, ela se depara com a indiferença dos seguranças, que insistem que a criança jamais esteve no prédio. Entre os que reforçam essa versão está Erik Kynch, vivido por Dougray Scott, que rapidamente assume papel central na tentativa de desacreditar a protagonista.
O passado em combate e a ligação com Kynch
Conforme os acontecimentos se desenrolam, Sara descobre que o desaparecimento do filho está diretamente relacionado a um episódio traumático de seu passado no Afeganistão. Anos antes, sua tropa havia sido emboscada pelo Talibã, resultando na morte de oito soldados, entre eles o marido de Sara. Ela foi a única sobrevivente. A revelação mais dolorosa surge quando se confirma que o próprio Kynch havia colaborado com os insurgentes ao repassar informações militares, tornando-se o responsável pela tragédia.
Sara como bode expiatório
Para executar seu plano, Kynch sequestra Josh com a ajuda do sargento Donovan, seu fiel aliado, e manipula a situação para que Sara pareça sofrer um colapso psicológico dentro do consulado. Com o histórico de estresse pós-traumático da ex-soldado, ele pretendia transformá-la em alvo de um protocolo letal conhecido como “Código Vermelho”, garantindo assim sua eliminação. Essa manobra servia a dois objetivos: silenciar a única sobrevivente que conhecia seu passado obscuro e, ao mesmo tempo, distrair as autoridades para que pudesse eliminar Kira, filha de um empresário alemão assassinado e que guardava provas comprometedoras contra ele.
A improvável aliança com Kira
Durante a caçada dentro do consulado, Sara se une a Kira, interpretada por Lera Abova, que também era mantida em cativeiro. Portadora de um pen drive com informações que denunciavam a morte de seu pai como execução política, a jovem se torna peça-chave na conspiração. Juntas, as duas enfrentam assassinos enviados para eliminá-las, até que Kira consegue escapar e seguir rumo ao México, de onde posteriormente cruza para os Estados Unidos.
O confronto final e a queda de Kynch
A resolução chega quando Sara sequestra a filha de Kynch e o atrai para um confronto em uma sala blindada. Ali, o vilão revela sua participação na emboscada do Afeganistão e detalha o plano que culminou no desaparecimento de Josh. Convencido de que suas palavras jamais seriam ouvidas, ele confessa tudo. O que não imagina é que Sara havia gravado cada frase em um brinquedo de sua filha, expondo-o para todos os oficiais do consulado. Em uma última cartada, Kynch dispara contra Sara e finge ter sido atacado primeiro, mas a gravação desmonta sua versão. Ele e Donovan acabam presos e transferidos para julgamento nos Estados Unidos.
O reencontro de mãe e filho
Apesar de ferida, Sara sobrevive ao confronto e reencontra Josh em um depósito dentro do consulado. O desfecho mostra os dois se recuperando juntos, enquanto ela aprende a lidar de forma mais saudável com os gatilhos de sua condição psicológica. Meses depois, Sara mantém contato com Kira, agora em segurança nos Estados Unidos, e segue os preparativos para começar uma nova vida ao lado do filho.
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