Covil de Ladrões 2 trouxe de volta Gerard Butler no papel do policial Big Nick e O’Shea Jackson Jr. como Donnie, o habilidoso ladrão que já havia enganado todos no primeiro filme. A continuação chega mais polida e ambiciosa, explorando uma relação curiosa entre os dois personagens: desta vez, eles se encontram do mesmo lado durante um grande assalto na Europa.
Logo no início, Nick aparece em dificuldades pessoais, saindo de um tribunal de família em meio a um divórcio conturbado. Esse desgaste pessoal se soma à sua obsessão com Donnie, que escapou com milhões no primeiro filme. Ele segue o criminoso até Nice, na França, onde se infiltra no grupo internacional de ladrões conhecido como Panteras, comandado por Slobodan.
O assalto ao Centro Mundial de Diamantes
O grande golpe da trama acontece em Antuérpia, no Centro Mundial de Diamantes. Donnie se infiltra usando uma identidade falsa de negociante africano e, junto com Nick e os demais membros da equipe, executa um plano repleto de precisão. O grupo aproveita falhas de monitoramento nas câmeras de segurança, além de truques tecnológicos, para chegar ao cofre e recuperar um diamante rosa raríssimo, que antes pertencia à máfia siciliana.
Apesar da execução calculada, a fuga não sai como planejado. Os Panteras são emboscados por ex-integrantes da própria equipe, mas acabam salvos justamente pela máfia italiana, interessada em reaver a joia. A interferência dos mafiosos garante que Donnie e Nick consigam sair vivos, mas o destino ainda reserva uma virada inesperada.
A traição de Big Nick
O momento mais impactante do filme surge quando os Panteras acreditam estar em segurança após a celebração do golpe. No entanto, a Força-Tarefa Pantera, que investigava o grupo, invade o local e prende todos. É então que Nick revela seu verdadeiro papel: ele nunca deixou de ser policial e entregou a localização dos criminosos às autoridades francesas.
A revelação expõe o conflito interno do personagem. Apesar de parecer integrado à equipe e até de ter criado laços genuínos com Donnie, Nick decide permanecer fiel ao uniforme. Ainda assim, ao vê-los sendo presos, demonstra arrependimento e desconforto, sugerindo que sua lealdade à lei não apagou a conexão que desenvolveu com o grupo.
O resgate de Donnie pela máfia
Após a prisão, Donnie é transportado em uma van, mas o comboio é atacado em plena luz do dia por helicópteros. O grupo responsável pelo resgate é novamente a máfia siciliana, que demonstra ter grande interesse no talento do ladrão. Levado para a Sardenha, Donnie conhece o enigmático chefão chamado “O Polvo” e recebe a proposta de integrar oficialmente a organização.
Nesse ponto, o roteiro levanta dúvidas sobre a participação de Nick no resgate. Antes da transferência, ele conversa a sós com Donnie e deixa escapar frases que soam como pistas de que sabia o que aconteceria. Essa ambiguidade abre margem para interpretações: Nick teria se arrependido de entregar o primo de golpe e, indiretamente, ajudado a facilitar a fuga?
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