James Garfield, presidente dos Estados Unidos por poucos meses em 1881, domina o centro dramático de Como um Relâmpago. A produção resgata sua breve passagem pela Casa Branca, interrompida pelo atentado cometido por Charles Guiteau. O episódio final acompanha precisamente esse desfecho, explorando tanto a lenta agonia do presidente quanto o comportamento cada vez mais delirante de seu agressor.
A sequência do atentado e a disputa pela vida do presidente

O final mostra Garfield sobrevivendo aos disparos iniciais, o que permite que familiares e aliados o assistam enquanto ele tenta se recuperar. A melhora aparente, porém, se revela ilusória. Em Como um Relâmpago, a infecção provocada por práticas médicas ultrapassadas, especialmente pela recusa do Dr. Bliss em aceitar procedimentos de esterilização, torna-se o verdadeiro vilão. Esse ponto corresponde a registros históricos amplamente aceitos.
Garfield resiste por semanas, mas a septicemia se torna inevitável. Quando ele morre, o país assiste a uma transição de poder ainda sem protocolos consolidados, já que a substituição presidencial em casos de morte era rara naquele momento.

A ascensão de Chester Arthur e a mudança de postura
Chester Arthur, vice-presidente pouco alinhado com Garfield, surge no fim da minissérie como uma figura tomada pela culpa. Ao perceber que Guiteau usou seu nome como justificativa para o crime, Arthur se vê obrigado a repensar sua trajetória política. A produção mostra que seu governo, embora curto, deu continuidade a reformas iniciadas por Garfield, algo que historiadores confirmam em análises posteriores.
Arthur assume a presidência praticamente sozinho, já que, na época, não havia mecanismo para nomeação de um novo vice-presidente antes das eleições seguintes.

A punição de Charles Guiteau e a obsessão por notoriedade
Charles Guiteau, responsável pelos disparos, passa o episódio final reunindo entrevistas, posando para fotos e insistindo que sua versão dos fatos deveria ser publicada. Em Como um Relâmpago, ele menciona um livro que gostaria de lançar depois da execução. De acordo com fontes históricas, Guiteau realmente escreveu um artigo intitulado Truth, mas sua repercussão foi mínima.
A série inclui um encontro impactante entre Guiteau e Lucretia Garfield, cena criada para intensificar o drama. Ainda assim, a mensagem transmitida é clara: Guiteau jamais alcançaria a notoriedade que tanto buscava. Sua morte por enforcamento ocorre diante de uma plateia indiferente, e sua figura cai no esquecimento, como Lucretia prometera.

A última mesa da família Garfield
Os instantes finais retornam à família Garfield, reunida ao redor da mesa construída pelo próprio presidente. A minissérie encerra destacando a união dos Garfield após a tragédia e mencionando, por meio de letreiros, o destino de cada membro. Lucretia, viúva marcada pela dor, ainda viveria por décadas, preservando a memória do marido enquanto o país avançava politicamente a partir das reformas que ele iniciou.
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