Código Preto é o mais recente trabalho do diretor Steven Soderbergh em parceria com o roteirista David Koepp. A dupla, que já havia colaborado em Kimi e no terror psicológico Presence, volta agora com um suspense de espionagem eletrizante que mistura traição, paranoia e um casamento colocado à prova em meio a segredos de Estado.
Estrelado por Cate Blanchett e Michael Fassbender, o filme apresenta George e Kathryn Woodhouse, um casal de espiões britânicos ligados ao Centro Nacional de Segurança Cibernética de Londres. O enredo gira em torno do roubo de um poderoso software chamado Severus, capaz de provocar o colapso de reatores nucleares. A ameaça não é apenas tecnológica, mas também pessoal: Kathryn se torna a principal suspeita de traição, colocando George diante de um dilema entre sua lealdade ao país e ao amor de sua vida.
O enigma em torno de Severus
A trama se intensifica quando George recebe uma lista de suspeitos sobre quem teria vazado a arma cibernética para mãos russas. Entre eles, está a própria Kathryn. O roteiro se constrói como um verdadeiro jogo de desconfianças, no qual cada detalhe — de um simples ingresso de cinema a movimentações em contas bancárias no exterior — pode representar a chave para descobrir o traidor.
O público é conduzido a acreditar que Kathryn pode estar envolvida, principalmente após surgir a informação de que uma de suas identidades falsas, Margaret Langford, estaria ligada a uma conta milionária em Zurique. O clima de incerteza se agrava quando George flagra a esposa em um encontro suspeito com um agente russo.
Conspiração dentro do alto escalão
A investigação de George, no entanto, revela algo ainda mais profundo. O grande mentor do vazamento não era Kathryn, mas sim o poderoso diretor Arthur Stieglitz, interpretado por Pierce Brosnan, em conluio com James Stokes, oficial de alta patente. Ambos pretendiam usar o Severus como isca para deflagrar uma crise nuclear controlada, que justificaria uma intervenção militar ocidental.
O plano, porém, incluía manipular George e Kathryn para que desconfiassem um do outro. Com peças movidas cuidadosamente, como o ingresso de cinema plantado e informações falsas repassadas por colegas, o casal quase chega a romper. Mas a confiança entre eles se mostra mais forte do que a trama arquitetada pelos superiores.
A revelação no jantar
O ponto de virada acontece durante um segundo jantar organizado por George. Ali, as tensões chegam ao limite. Confrontado, Stokes admite ter traído a agência e incriminado Kathryn. Convencido de que sairia impune, ele tenta matar George, mas é surpreendido. O agente já havia armado o encontro para registrar a confissão em vídeo.
Quando Stokes parte para a violência, Kathryn intervém de forma decisiva. Ao perceber que a vida de George está em risco, ela saca uma arma verdadeira e mata o traidor. Esse gesto não apenas salva o marido, mas também sela a lealdade absoluta entre os dois, mesmo em um ambiente dominado por mentiras e manipulação.
O desfecho do casal de espiões
No final, George e Kathryn permanecem unidos, apesar das armadilhas e conspirações. A revelação de que ainda existe dinheiro em uma conta no exterior sob o nome de Kathryn deixa claro que George sempre colocará a esposa acima de qualquer dever patriótico.
O filme encerra como começou: um jogo psicológico de confiança e desconfiança, mas que, no fim, revela-se também uma história de amor. Para além da espionagem e da ameaça global, o grande segredo de Código Preto é mostrar que a aliança entre George e Kathryn resiste a qualquer conspiração.
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