O rapper e produtor Flying Lotus faz sua estreia na direção de longas-metragens com Ash: Planeta Parasita, um suspense de ficção científica que começa em tom intimista e logo mergulha no terror espacial. Estrelado por Eiza González, ao lado de Aaron Paul, o longa mistura referências a videogames, imagens perturbadoras e ritmo frenético de montagem.
A trama acompanha Riya, que desperta ensanguentada em uma estação espacial aparentemente abandonada. Sem memória de si mesma nem do que aconteceu, ela passa a explorar os corredores do local até encontrar os corpos de sua tripulação em meio a poças de sangue. Pouco depois, cruza o caminho de Brion, que afirma ser outro sobrevivente.
O mistério da memória fragmentada
Enquanto tenta recuperar a lógica dos acontecimentos, Riya passa a ter flashes de lembranças violentas. A cada revelação, sua desconfiança em relação a Brion cresce. O clima de paranoia se intensifica até que ela se recorda de algo crucial: havia sido responsável, em legítima defesa, pelas mortes dos próprios companheiros, que estavam sob influência de uma força desconhecida.
Confinada em uma estação com oxigênio limitado, a protagonista precisa decidir entre confiar em Brion ou seguir seus instintos. É nesse processo que descobre gravações da tripulação e percebe que todos haviam entrado em contato com uma forma de vida alienígena no planeta apelidado de Ash.
A manipulação do parasita
Com o avanço da narrativa, o espectador descobre que Brion, na verdade, não existe mais. O verdadeiro tripulante havia sido morto horas antes. Todas as interações vistas em cena foram induzidas por um parasita inteligente que se alojou no cérebro de Riya e controlava suas percepções.
Esse organismo, nativo do planeta Ash, utilizava-se de manipulação mental para garantir sua sobrevivência e para tentar escapar dali. As recomendações de Brion, a insistência para que Riya utilizasse remédios estabilizadores e até sua tentativa de convencê-la a deixar o planeta eram, na realidade, estratégias do parasita para se preservar.
O confronto com a criatura
Quando Riya descobre a verdade, toma uma decisão drástica: usar uma máquina médica para remover o parasita de seu corpo. O procedimento funciona, mas a criatura logo encontra outro hospedeiro, o cadáver do verdadeiro Brion. Dali emerge uma versão grotesca do alienígena, inspirada em clássicos do terror cósmico, que transforma a luta pela sobrevivência em um clímax sangrento.
Em meio à perseguição pela estação, Riya consegue derrotar a criatura com um lança-chamas, aparentemente destruindo-a. No entanto, a cena pós-créditos sugere o contrário: o parasita ou um de seus semelhantes teria se infiltrado na nave em órbita, deixando aberta a possibilidade de uma continuação.
Quem realmente matou a tripulação
Um dos pontos centrais do mistério é a responsabilidade pelas mortes. À medida que as lembranças voltam, Riya percebe que foi ela quem eliminou vários colegas, ainda que agindo sob ameaça. Sob o controle intermitente do parasita, ou reagindo contra tripulantes já dominados, acabou acumulando sangue em suas mãos. O verdadeiro Brion, por exemplo, havia morrido muito antes, vítima de outro colega contaminado.
Essa revelação dá ao filme um peso trágico: Riya é tanto vítima quanto agente da carnificina, presa em um ciclo de manipulação psicológica do qual só se liberta no final.
A porta para uma sequência
O desfecho deixa claro que o inimigo pode não ter sido derrotado. O último plano mostra a estação em órbita tomada por tentáculos, indicando que a ameaça ainda persiste. Embora a bilheteria determine se haverá ou não uma continuação, o espaço para uma nova história está aberto.
O futuro de Riya permanece incerto, assim como o destino da humanidade diante da possibilidade de que o parasita encontre um caminho para além do planeta Ash.
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