A série As Quatro Estações do Ano, da Netflix, encerra sua primeira temporada com mudanças dramáticas que alteram completamente os rumos dos personagens, especialmente de Nick, vivido por Steve Carell, e Ginny, interpretada por Erika Henningsen. Inspirada no filme homônimo de 1981, a série adapta a narrativa original para o contexto contemporâneo, mantendo a premissa central: três casais de longa data que viajam juntos a cada estação do ano, lidando com suas transformações pessoais ao longo do tempo.
Entre as principais alterações em relação ao filme está o destino final de Nick, cuja morte inesperada marca o clímax da trama e provoca uma reavaliação coletiva sobre a vida, os relacionamentos e o luto.
A morte de Nick muda tudo
Nick morre tragicamente em um acidente de carro, pouco antes do último episódio. A fatalidade ocorre quando ele voltava de uma simples ida ao mercado, onde havia comprado bebidas sem álcool e petiscos veganos, indicando uma possível tentativa de mudança em seu estilo de vida. No filme original, o personagem segue vivo até os créditos finais, o que torna sua morte na série ainda mais impactante e simbólica.
Segundo as criadoras Tina Fey e Tracey Wigfield, a decisão de matar um dos protagonistas foi pensada como uma maneira de reforçar a importância dos vínculos afetivos em momentos difíceis da vida adulta. A escolha por Nick reflete seu espírito impulsivo e a máxima que o definia: viver cada momento intensamente. Sua ausência obriga os demais personagens a confrontarem suas próprias prioridades e vulnerabilidades.
Ginny está grávida: um novo começo em meio à perda
Pouco após a revelação da morte de Nick, um novo acontecimento transforma a dinâmica do grupo. Durante a homenagem ao amigo, Kate percebe que Ginny evita beber e, logo depois, Anne confirma que a jovem está grávida de Nick. Esse detalhe, apresentado apenas nos instantes finais, redefine toda a trajetória de Ginny e acrescenta profundidade às tensões que ela enfrentou, inclusive por ter sido impedida de falar no funeral e por ver suas fotos com Nick excluídas da cerimônia.
A gravidez de Ginny abre caminho para o legado de Nick continuar vivo. Ainda que precise tomar a decisão de manter ou não a gestação, Ginny contará com o apoio dos amigos de Nick e até de sua ex-esposa Anne, que demonstra uma inesperada empatia. Esse núcleo de apoio, junto com os próprios amigos de Ginny, pode garantir um futuro mais estável para a personagem e seu filho.
Casais em reconstrução: escutando mais, julgando menos
Embora o foco narrativo recaia sobre Nick, Anne e Ginny, os casais Kate e Jack e Danny e Claude também enfrentam suas próprias crises ao longo da temporada. No início, ambos parecem bem ajustados, mas conflitos mal resolvidos e falhas de comunicação trazem à tona problemas ocultos.
Kate e Jack iniciam um processo de reconciliação por meio da terapia e do exercício da escuta ativa. Após a morte de Nick, a percepção do que realmente importa os ajuda a reconstruir a confiança mútua. Um momento simbólico é quando Jack usa seu conhecimento sobre Napoleão para tirá-los de uma situação perigosa em um lago congelado, reforçando o valor da cooperação.
Já Danny e Claude conseguem se aproximar ao validarem os sentimentos um do outro, especialmente após Danny expressar seu luto pela morte de Nick. Ao se apoiarem em vez de fugir das emoções, escolhem continuar enfrentando a vida juntos.
O que esperar da segunda temporada
Com a segunda temporada já confirmada pela Netflix, o final da primeira abre diversas possibilidades de continuidade. O foco natural deve ser a gravidez de Ginny e como o grupo se reorganiza para apoiá-la. As viagens sazonais continuam sendo o pano de fundo ideal para explorar novas dinâmicas, agora com a presença de um bebê no horizonte.
Além disso, o luto por Nick ainda está longe de ser resolvido. A série mal começou a mostrar como os personagens lidam com a perda, o que indica que temas como saudade, reinvenção pessoal e memórias compartilhadas terão espaço importante nos próximos episódios.
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