A jornalista Laura “Lo” Blacklock, interpretada por Keira Knightley, é o centro da trama de A Mulher na Cabine 10, novo thriller psicológico da Netflix baseado no livro homônimo de Ruth Ware. Convidada a bordo do luxuoso iate Aurora Borealis, que parte em uma viagem inaugural pelo Mar do Norte, Lo tem a missão de cobrir o evento beneficente organizado pela bilionária norueguesa Anne Lyngstad e seu marido, Richard Bullmer.
O que deveria ser uma travessia glamorosa rapidamente se transforma em um pesadelo quando, na primeira noite, Lo acredita ter testemunhado alguém sendo jogado ao mar a partir da cabine ao lado da sua. Ao relatar o ocorrido, é surpreendida pela informação de que todos os hóspedes e tripulantes foram contabilizados. Diante dessa contradição, a jornalista decide investigar por conta própria e mergulha em uma teia de mentiras, chantagens e identidades trocadas.
A verdade sobre quem caiu ao mar
Com o desenrolar da história, Lo descobre que a mulher que supostamente foi arremessada da cabine é a própria Anne, dona do iate. A bilionária havia descoberto que o marido planejava tomar posse de sua fortuna, depois que ela decidiu deixar toda a herança para uma fundação de pesquisa contra o câncer.
Para garantir o controle dos bens, Richard arquitetou um plano macabro: contratou Carrie, uma mulher muito parecida com Anne, para se passar por ela e assinar documentos que o beneficiariam. O golpe, no entanto, foge do controle quando Anne flagra o marido aos beijos com sua sósia e tenta confrontá-lo. Durante a briga, Richard a empurra com violência, provocando sua morte. Em seguida, ele joga o corpo da esposa ao mar, encobrindo o crime com a ajuda de alguns membros da tripulação.
Carrie, inicialmente envolvida apenas por dinheiro e prometida a uma vida melhor para sua filha, é forçada a continuar interpretando o papel de Anne. Sua culpa cresce conforme percebe até onde o marido da vítima está disposto a ir para eliminar testemunhas e manter a farsa.
A reviravolta e a fuga de Lo
Determinada a revelar a verdade, Lo é atacada e trancada em um compartimento secreto no navio. Lá, ela reencontra Carrie, que confessa parte do plano e revela os bastidores do crime. As duas chegam a um acordo: Carrie deixaria a porta aberta para que Lo fugisse durante o evento de gala que encerraria a viagem.
Enquanto tenta escapar, Lo descobre que o médico de bordo, Dr. Mehta, e o capitão Addis também estavam envolvidos no esquema e planejavam eliminá-la para encobrir os rastros de Richard. A situação atinge o auge quando o ex-namorado da jornalista, Ben Morgan, tenta ajudá-la e acaba morto, vítima de uma injeção letal que seria destinada a ela.
Mesmo ferida e exausta, Lo salta no mar gelado e consegue nadar até a costa norueguesa. Lá, busca ajuda com Sigrid, chefe de segurança do casal, e a convence a agir mostrando um discurso escrito pela verdadeira Anne, em que ela declarava a doação de toda sua fortuna à caridade.
O confronto final
Durante o evento beneficente, Lo interrompe a cerimônia e expõe as provas diante do público e da imprensa. Desesperado, Richard tenta escapar levando Carrie como refém, mas é interceptado por Sigrid, que o fere com um tiro no ombro. Lo aproveita o momento para desarmá-lo de vez, atingindo-o com um cano de metal.
A cena marca o desfecho da trama, que mistura ação, suspense e crítica social, especialmente sobre o descrédito enfrentado por mulheres quando denunciam abusos e injustiças. Ruth Ware, autora do livro original, afirmou que a história nasceu justamente desse sentimento: o medo de dizer a verdade e não ser levada a sério.
O destino das personagens
O epílogo mostra que Lo sobreviveu e voltou ao trabalho como repórter, publicando uma matéria sobre o caso e o legado filantrópico de Anne Lyngstad. O texto também revela que o capitão Addis e o Dr. Mehta aguardam julgamento pela cumplicidade nos assassinatos de Anne e Ben.
Em um toque emocional, Lo recebe uma mensagem em vídeo de Carrie, que agora vive em liberdade com a filha. O gesto simboliza o fechamento de um ciclo, o reconhecimento da verdade, a reparação das injustiças e a sobrevivência da esperança após o trauma.
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