O suspense sombrio de A Hora do Mal, segundo longa-metragem solo do roteirista e diretor Zach Cregger, constrói um mistério inquietante que culmina em um desfecho intenso, perturbador e com pitadas de humor macabro. A trama gira em torno do desaparecimento inexplicável de quase toda uma turma do terceiro ano, que abandona suas casas em um subúrbio pacato na mesma noite, exatamente às 2h17.
A narrativa é dividida em capítulos focados em diferentes personagens, alternando momentos no tempo para revelar detalhes cruciais. Aos poucos, tudo aponta para uma figura central: Gladys, uma bruxa que se apresenta como tia de Alex, o único aluno que não desapareceu.
O clímax: violência e revelações
No momento decisivo, quase todos os personagens principais acabam na casa de Alex, onde as crianças desaparecidas são mantidas em cativeiro. Justine, professora da turma, e Archer, pai de um dos desaparecidos, caem diretamente na armadilha de Gladys. Paul, ex-namorado policial de Justine, e James, um viciado que descobriu os reféns por acaso, também se tornam peças desse plano.
Gladys, percebendo que estava prestes a ser desmascarada, adapta um feitiço já usado antes, colocando Paul e James sob influência para atacar qualquer um que cruzasse as linhas de sal no chão. Justine aciona o gatilho sem saber, e a violência que se segue é quase cartunesca. Entre lutas brutais e improvisos desesperados, ela consegue matar Paul com a arma dele e salvar Archer de James. No porão, Archer encontra as crianças, mas também dá de cara com Gladys.
Enquanto isso, Alex usa sua astúcia para entrar no quarto da bruxa, roubar um dos galhos espinhosos usados em seus rituais e replicar o feitiço contra ela. No momento em que quebra o objeto, Gladys foge em pânico, mas é capturada pelas próprias crianças, que a destroçam, desfazendo seus encantos.
Por que Gladys sequestrou as crianças
O capítulo de Alex revela que Gladys chegou à sua casa alegando estar doente e sem lugar para ficar. Pouco tempo depois, seus pais se tornaram apáticos e incapazes de agir, enquanto ela recuperava o vigor físico. Mais tarde, ela admite ao menino que vinha sugando a energia vital deles para sobreviver.
Quando percebe que essa fonte estava se esgotando, volta-se para os colegas de Alex, utilizando objetos pessoais para atraí-los à sua casa no exato horário do desaparecimento. Mantidas no porão, as crianças permaneciam imóveis e eram alimentadas à força com sopa, enquanto Gladys drenava lentamente suas forças.
Após sua morte, o narrador — uma das crianças, falando dois anos depois — revela que os pais de Alex continuavam praticamente vegetativos, internados e dependendo de cuidados constantes. Já os jovens, embora de volta à rotina, nem todos haviam recuperado totalmente a fala, sugerindo que os danos da magia eram profundos e duradouros.
A verdadeira identidade de Gladys
A bruxa se apresenta a alguns personagens como tia de Alex, mas os relatos sobre esse parentesco variam. Para alguns, ela seria irmã da mãe do garoto; para outros, irmã da avó. Há indícios de que sua origem remonta a muito mais tempo.
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