A quinta temporada de Slow Horses chegou ao fim trazendo reviravoltas intensas, revelações inesperadas e mudanças profundas na estrutura do MI5. A série britânica, protagonizada por Gary Oldman no papel de Jackson Lamb, manteve o tom ácido e melancólico que a consagrou, mas encerrou esta fase deixando claro que nada será o mesmo em Slough House.
Um desfecho tenso para uma temporada mais contida

Diferente das temporadas anteriores, a quinta parte de Slow Horses adotou um ritmo mais lento e claustrofóbico, com grande parte da ação concentrada em Londres e nos bastidores do serviço secreto. Ainda assim, o clímax entregou tudo o que os fãs esperavam: suspense político, humor mordaz e drama humano.
Ao longo dos episódios, a equipe de Lamb se viu envolvida em um dos casos mais pessoais da série. Um grupo de radicais líbios, ressentidos com a intervenção britânica em seu país, arquitetou uma série de ataques em Londres para se vingar de Claude Whelan, o então chefe do MI5. O plano tinha um propósito claro: humilhar e expor Whelan, que havia sido consultor em decisões políticas desastrosas sobre a Líbia.
O atentado em Londres e a corrida contra o tempo

O penúltimo episódio deixou tudo em aberto quando Tara, uma das terroristas, escapou da custódia e iniciou uma invasão aos sistemas do MI5. O episódio final, intitulado “Scars”, mostrou os Slow Horses lutando contra o relógio para evitar um massacre em um local de culto.
Enquanto o MI5 tentava negociar com os criminosos, Lamb, fiel ao seu estilo imprevisível, percebeu que o alvo real era Abbotsfield, onde o prefeito Zafar Jaffrey participaria de uma cerimônia. A ação foi tensa, com River Cartwright (Jack Lowden), Shirley (Aimee-Ffion Edwards) e J.K. Coe (Tom Brooke) enfrentando os atiradores em uma sequência que uniu improviso e heroísmo.
Apesar do caos, o grupo conseguiu evitar uma tragédia ainda maior, mas o preço foi alto. A operação expôs falhas internas no MI5 e selou o destino de alguns personagens.
Claude Whelan cai, e Diana Taverner assume o comando do MI5

Claude Whelan, interpretado por James Callis, finalmente colheu as consequências de sua má gestão. Manipulado por Tara e desacreditado dentro da agência, ele acabou sendo derrubado por um golpe de mestre de Jackson Lamb.
Ao usar uma gravação comprometendo Whelan, Lamb garantiu não apenas a sobrevivência de Slough House, mas também a ascensão de Diana Taverner (Kristin Scott Thomas) ao cargo de Primeira Diretora do MI5. Essa mudança de poder promete redefinir a dinâmica da série, já que Taverner é uma figura ambiciosa e implacável, disposta a sacrificar qualquer um para manter o controle.
Com a promoção de Taverner, o equilíbrio entre o MI5 e os Slow Horses pode mudar radicalmente. Lamb e sua equipe continuam à margem, mas agora enfrentam uma líder que conhece bem suas fraquezas e, principalmente, suas utilidades.
O passado de Lamb finalmente vem à tona

Entre as muitas revelações do episódio final, a mais impactante envolve o próprio Jackson Lamb. Durante uma cena silenciosa e simbólica, ele aparece tratando os pés e revela uma cicatriz profunda e deformada. O detalhe confirma uma história contada por ele no terceiro episódio: a de um espião torturado na Rússia que viu sua parceira e seu filho morrerem diante de seus olhos.
Embora Lamb tenha negado que fosse o agente da história, a ferida revela a verdade. Essa revelação humaniza o personagem, mostrando que sua frieza e sarcasmo são, na realidade, cicatrizes emocionais de um passado brutal. O título do episódio, “Scars”, ganha assim um duplo significado, físico e psicológico.
River Cartwright: redenção sem promoção
Após salvar Claude Whelan de um atentado, River Cartwright parecia prestes a conquistar o que sempre quis: voltar ao “Park”, sede principal do MI5. No entanto, a jogada política de Lamb para proteger Slough House acabou encerrando essa possibilidade.
Diana Taverner, agora no comando, deixou claro que River não retornará à agência. O jovem agente, apesar de provar sua competência, continua preso ao grupo dos rejeitados, uma ironia que resume bem a essência de Slow Horses: ninguém é completamente inocente, e o sucesso raramente é recompensado.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- 10 melhores K-Dramas para iniciantes
- As melhores sagas do Batman
- As melhores sagas do Superman
- As melhores sagas da Mulher-Maravilha
- As melhores sagas do Asa Noturna

