A série Espíritos na Escola, do Paramount+, evoluiu consideravelmente desde sua primeira temporada. A trama que inicialmente girava em torno do desaparecimento de Maddie Nears e sua inesperada presença no além ganhou novas camadas e ampliou seu universo sobrenatural. O desfecho da segunda temporada trouxe respostas aguardadas, mas também deixou portas abertas para novos mistérios.
Maddie reencontra seu corpo, mas o fim não é o fim
Maddie Nears, a protagonista da série, finalmente conseguiu reunir sua alma ao seu corpo. Desde o início da série, seu espírito vagava pela Split River High, acreditando-se morta. A grande virada veio quando se descobriu que Janet, outro espírito, havia possuído o corpo de Maddie, prendendo-a entre os mortos.
Na segunda temporada, o foco passou a ser essa reconexão. Apesar da resistência de Janet, que fugia da escola com medo do confronto, ela retorna ao colégio no final da temporada para acertar as contas com o professor Martin. É neste momento que Maddie consegue reassumir seu corpo.
O retorno não foi fácil. Maddie precisou enfrentar suas próprias dores, representadas por cicatrizes espirituais que aludem aos traumas com o pai e a dependência alcoólica da mãe. Seu reencontro com o mundo dos vivos ocorre por pouco, em meio ao caos e com a chegada dos paramédicos. Mesmo de volta à vida, o vínculo com o além continua presente, indicando que sua jornada com os mortos está longe de terminar.
Janet deixa de ser vilã e se torna aliada
Janet, que por muito tempo foi vista como antagonista, ganhou nova dimensão no final da temporada. Sua história, marcada pela repressão familiar e por um sentimento de culpa enraizado, foi recontextualizada. Descobre-se que ela não foi a responsável pelo incêndio que matou a ela e ao Sr. Martin, e sim o próprio professor.
Com essa revelação, Janet muda de papel. De ameaça, passa a ser peça fundamental no grupo de espíritos, utilizando seus conhecimentos para ajudar os demais a compreenderem o limbo em que se encontram. Ela permanece no colégio por acreditar que ainda tem pendências a resolver, e sua permanência promete ser essencial nas próximas fases da narrativa.
Janet também representa um novo tipo de liderança espiritual, sobretudo após o aprisionamento do Sr. Martin em sua própria cicatriz. Sua capacidade de compreender e explicar o funcionamento do mundo espiritual será crucial para que os outros fantasmas possam finalmente encontrar a paz.
Simon e Wally: destinos incertos
Enquanto Maddie retorna à vida, dois personagens centrais permanecem com seus destinos em aberto. Simon, melhor amigo de Maddie, desaparece ao entrar na escola para procurá-la. Ele acaba preso dentro da cicatriz do Sr. Martin, sendo envolvido por uma energia vermelha que simboliza a transição entre o mundo físico e o espiritual.
Não está claro se Simon morreu ou se foi apenas puxado para o mundo dos espíritos. Sua presença nessa dimensão sugere que o véu entre os mundos está mais fino, como Janet já havia antecipado.
Já Wally, um dos fantasmas mais carismáticos da série, aparece ao final encarando uma porta brilhante, sinal de que poderia atravessar para o outro lado. No entanto, a série não mostra sua decisão. A dúvida permanece: ele se despediu de seus amigos e cruzou o limiar, ou preferiu permanecer até que todos estejam prontos para partir?
A espiritualidade se intensifica
A temporada finalizou não apenas com personagens entre mundos, mas também com a certeza de que a trama sobrenatural será ainda mais intensa. A capacidade de Xavier de ver fantasmas — incluindo o pai de Maddie no hospital — revela uma nova fase em que os vivos também estão se conectando ao além.
Essa mudança, aliada à prisão de Simon no mundo espiritual e à energia crescente das cicatrizes, sugere que o universo de Espíritos na Escola está prestes a se expandir ainda mais. A narrativa, antes concentrada nos muros da Split River High, começa a afetar a realidade fora da escola, elevando o suspense e o potencial dramático da série.
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