A série Task, drama policial da HBO criado por Brad Ingelsby, encerrou sua primeira temporada de forma intensa e emocional, unindo tragédia, redenção e perdão em um desfecho que amarra as histórias de seus personagens principais. O episódio final trouxe a conclusão da caçada entre o agente do FBI Tom Brandis (Mark Ruffalo) e Robbie Prendergrast (Tom Pelphrey), mas o que começou como uma perseguição de gato e rato terminou como uma profunda reflexão sobre culpa e redenção.

Robbie e o fim da vingança
A jornada de Robbie sempre foi movida pela dor da perda. Após o assassinato do irmão, Billy, ele mergulhou em uma espiral de vingança contra o traficante Jayson (Sam Keeley) e o grupo criminoso Dark Hearts. Seus assaltos aos pontos de droga da gangue não apenas o colocaram na mira do FBI, mas também provocaram uma guerra interna entre os próprios criminosos.
O clímax de sua trajetória acontece quando Robbie sacrifica a própria vida tentando garantir um futuro melhor para sua família. O dinheiro que ele rouba dos Dark Hearts acaba nas mãos de Maeve (Emilia Jones), que, no episódio final, decide fugir com as crianças para o Canadá, em busca do recomeço que o irmão sempre sonhou para eles. Ainda que suas ações tenham sido criminosas, o gesto final de Robbie deixa um rastro de esperança — uma tentativa de compensar uma vida inteira de decisões erradas.
Tom Brandis e o peso do perdão
Enquanto perseguia Robbie, o agente Tom Brandis enfrentava seus próprios fantasmas. Desde o início da série, ele convive com o trauma de ter perdido a esposa, assassinada pelo filho adotivo, Ethan (Andrew Russel), durante um surto psicótico. Incapaz de visitá-lo na prisão, Tom passou boa parte da temporada tentando entender se ainda seria capaz de perdoar o garoto.
No desfecho, Tom encontra uma forma de reconciliação. Durante a audiência de sentença de Ethan, ele lê uma declaração pública em que admite seus erros como pai e perdoa o filho pelo crime que destruiu a família. “Eu te perdoo. Eu te amo”, diz, encerrando anos de silêncio e culpa.
A decisão é simbólica: enquanto Robbie morre tentando salvar o que restou de sua família, Tom escolhe a vida, o perdão e a reconstrução. Em paralelo, ele também precisa se despedir do pequeno Sam (Ben Doherty), o menino que acolheu temporariamente após a morte de Robbie. Incentivado pelo amigo Daniel (Isaach De Bankolé), Tom entende que o garoto merece uma nova família e decide deixá-lo ir, fechando mais um ciclo de dor e recomeço.
Grasso busca redenção
Outro personagem central no episódio final é Grasso (Fabien Frankel), agente do FBI que atuava como informante dos Dark Hearts. Seu envolvimento com o crime começa por dinheiro, mas termina em arrependimento. Após a morte de Lizzie (Alison Oliver), ele decide se entregar, mas é caçado pela própria gangue que ajudou a fortalecer.
Ferido e ciente de que sua hora está chegando, Grasso tenta salvar Maeve e os filhos de Robbie do ataque de Jayson. Na cena mais tensa do episódio, ele surpreende o criminoso dentro do carro e o mata com um tiro certeiro, salvando Maeve no último instante. No hospital, ao ser visitado por Tom, Grasso busca perdão, mas o colega é direto: “As pessoas já se punem o bastante sozinhas.”
Essa conversa resume o espírito de Task: a redenção não vem de fora, mas do enfrentamento dos próprios erros.
O colapso dos Dark Hearts
O final da temporada também mostra o desmoronamento da organização criminosa que deu origem a toda a tragédia. Perry (Jamie McShane), mentor e figura paterna de Jayson, é finalmente confrontado pelas consequências de seus atos. Quando Jayson descobre que ele foi o assassino de Eryn (Margarita Levieva), sua própria esposa, a relação entre os dois implode de vez.
Em uma sequência brutal, Jayson mata Perry e tenta escapar, mas é interceptado por Grasso, que coloca fim à sua trajetória com um tiro. A morte dos dois simboliza a destruição completa do império dos Dark Hearts, resultado direto das ações de Robbie e da investigação conduzida por Tom.
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