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Entenda o destino de Lochlan e o plano de Timothy no final da 3ª temporada de The White Lotus

A terceira temporada de The White Lotus chegou ao fim com um desfecho tão inesperado quanto impactante. O episódio final mergulha profundamente nas tensões familiares e dilemas existenciais dos personagens, com destaque para os Ratliff — uma família americana abastada que vive seu colapso emocional e moral durante uma viagem à Tailândia. O ponto mais chocante do capítulo é a tentativa de envenenamento orquestrada por Timothy (Jason Isaacs), que quase termina em tragédia, mas também serve como catalisador para transformações profundas entre os personagens.

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Lochlan surpreende ao escapar da morte

Entenda o destino de Lochlan e o plano de Timothy no final da 3ª temporada de The White Lotus

Lochlan (Sam Nivola), o filho mais novo dos Ratliff, protagoniza um dos momentos mais surpreendentes do final da temporada. Após ingerir um smoothie feito com sementes da árvore pong-pong — conhecidas por sua toxicidade —, tudo indica que ele será a primeira e única vítima fatal da temporada. Em uma sequência angustiante, ele desmaia após fortes náuseas e é encontrado desacordado pelo pai.

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No entanto, em uma reviravolta inesperada, Lochlan recobra a consciência nos braços de Timothy, dizendo que acredita ter visto Deus. A experiência de quase morte é acompanhada por uma visão mística, onde ele se vê submerso, olhando para quatro figuras que lembram monges budistas. A cena simboliza não apenas sua sobrevivência, mas também o despertar espiritual e emocional de um personagem que, até então, parecia perdido em meio ao vazio existencial da vida de luxo.

A tentativa de envenenamento: um plano distorcido de “proteção”

Timothy, o patriarca da família, é quem idealiza o plano de envenenamento. Tomado por pensamentos suicidas e por uma visão distorcida do que seria “proteger” sua família, ele prepara coquetéis com a fruta mortal para si, sua esposa Victoria, e os filhos mais velhos, Piper e Saxon. Apenas Lochlan é poupado — não por acaso, mas por ser o único que demonstrou desprendimento dos bens materiais.

A lógica de Timothy é perversa: ao descobrir que será indiciado por um esquema de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos, ele conclui que a queda financeira inevitável arruinaria a vida da família, acostumada aos privilégios de classe alta. Envenená-los seria, em sua mente fragilizada, um ato de misericórdia.

A mudança de ideia de Timothy e o colapso familiar

Mesmo com o plano em curso, Timothy hesita no último instante. Após seus filhos e esposa beberem alguns goles, ele se desespera e interrompe o momento, alegando que o “leite de coco estava estragado”. A atitude evidencia a fragilidade emocional do personagem, que não consegue sustentar sua decisão nem encarar sua família com honestidade sobre o que quase fez.

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O trauma do momento, no entanto, paira sobre todos. Sem compreender exatamente o que aconteceu, os Ratliff são forçados a lidar com o retorno iminente aos EUA e a revelação de que seu confortável estilo de vida está prestes a ruir. É o início de uma jornada de reconstrução — ou, no mínimo, de confronto com a realidade.

A jornada de Lochlan: de jovem confuso a possível líder emocional

Lochlan, que esteve à margem da narrativa durante boa parte da temporada, finalmente encontra propósito após sua experiência de quase morte. A escolha de usar o liquidificador sem limpá-lo — um erro aparentemente bobo — o leva a um momento de iluminação pessoal. Sua confusão existencial e constante tentativa de seguir os passos do irmão mais velho, Saxon, culminam em um despertar espiritual que pode marcá-lo como o novo centro emocional da família.

Com os demais membros da família afundando em negações, vícios e egocentrismos, Lochlan surge como alguém capaz de oferecer um novo olhar sobre a vida, baseado em valores menos materiais.

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