Rua do Medo: Rainha do Baile, novo filme da Netflix, marca o retorno ao universo sombrio de Shadyside com uma narrativa aparentemente independente. No entanto, uma cena pós-créditos revela uma ligação direta com a trilogia original lançada em 2021, sugerindo que a nova produção faz mais do que apenas reavivar o espírito da franquia.
Um novo enredo com ecos do passado
Embora os personagens de Rainha do Baile não compartilhem laços diretos com os protagonistas dos filmes anteriores, o longa preserva o clima sangrento e tenso que consagrou a trilogia original de Rua do Medo. Ambientado no baile da escola Shadyside High, o enredo gira em torno de assassinatos misteriosos e uma disputa mortal pelo título de rainha do baile. A estética visual e o ritmo de terror contínuo garantem familiaridade aos fãs, mesmo sem exigir conhecimento prévio da saga.
No entanto, referências sutis, como flashbacks de Rua do Medo: Parte 2 – 1978 e diálogos que evocam os eventos daquele ano, apontam para uma conexão mais profunda. A frase de um socorrista ao final do filme, “Está pior do que em 78”, é uma dessas pistas.
A marca da bruxa e o elo com a família Goode
A revelação mais significativa ocorre após os créditos, em uma cena breve, mas cheia de simbolismo. O sangue de Nancy Falconer, uma das principais figuras do filme, escorre e forma no chão um símbolo enigmático: um círculo com linhas cruzadas, conhecido pelos fãs como a Marca da Bruxa. Esse mesmo símbolo aparecia de forma recorrente na trilogia original, especialmente sob a casa da família Goode.
Na narrativa de Rua do Medo, esse símbolo representa um pacto demoníaco. O acordo exige que o herdeiro homem mais velho da família Goode ofereça vítimas em sacrifício, que então se transformam em assassinos. Esse pacto foi o motor de boa parte dos horrores vividos em Shadyside nas décadas anteriores.
Nancy Falconer: mais do que uma assassina?
A presença da Marca da Bruxa em conexão com Nancy levanta uma importante teoria: ela pode ter sido manipulada pela família Goode. Seus primeiros crimes datam da década de 1970, o que coincide com o período em que Joseph Goode era o responsável pelo pacto. Embora os membros da família não apareçam no novo filme, a sugestão de que Nancy tenha sido corrompida por esse legado sinistro fortalece a continuidade da franquia.
Outra hipótese ganha força: Nancy seria, na verdade, uma integrante não revelada da linhagem Goode. O roteiro de Rainha do Baile dá ênfase à forma como o ambiente familiar molda as escolhas dos personagens. Lori, por exemplo, desenvolve compaixão por causa da mãe, enquanto Tiffany aprende a matar como resposta ao lar violento em que cresceu. Nesse contexto, seria coerente que Nancy, influenciada pela ideologia dos Goode, visse a violência como algo aceitável.
O futuro da franquia
Segundo R.L. Stine, criador da série de livros que inspirou os filmes, mais três produções ambientadas em Fear Street estão em desenvolvimento (via The Hollywood Reporter). Isso abre caminho para que as perguntas deixadas por Rainha do Baile sejam respondidas, e para que a conexão entre Nancy Falconer e os Goode seja explorada com mais profundidade.
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