Predador: Terras Selvagens marca o retorno de uma das criaturas mais icônicas da ficção científica aos cinemas. O longa, que estreou nesta quinta-feira (6), é o primeiro da franquia em que o Predador assume papel central na narrativa, e promete revitalizar a saga iniciada em 1987. O diretor Dan Trachtenberg escolheu explorar novas dimensões do personagem, inserindo conexões diretas com o universo de Alien, algo que não acontecia desde Alien vs. Predador 2 (2007).
A trama se passa em um futuro distante, situado após todos os eventos conhecidos das duas franquias. Nesse novo contexto, o jovem Yautja chamado Dek, interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi, viaja ao planeta Genna em busca de uma criatura quase impossível de matar. É nesse ambiente hostil que ele cruza o caminho de Thia, uma androide da corporação Weyland-Yutani, empresa que desempenha papel central na mitologia de Alien.
O elo com a Weyland-Yutani e o legado de Alien

A presença da androide Thia não é apenas um aceno à franquia Alien, mas o ponto de partida para uma ligação mais profunda entre as duas sagas. Em Predador: Terras Selvagens, a Weyland-Yutani surge em plena operação, enviando agentes ao planeta Genna para capturar espécimes alienígenas com fins de experimentação biológica e médica. Essa postura repete o comportamento mostrado em obras anteriores do universo Alien, nas quais a corporação busca incessantemente dominar formas de vida extraterrestres em nome do progresso científico e econômico.
De acordo com o enredo, tanto Dek quanto a equipe humana estão atrás da mesma criatura, o que leva a uma série de confrontos e dilemas morais. A narrativa sugere que a companhia já teve contatos anteriores com os Yautja, o que explicaria sua cautela e interesse em suas tecnologias de caça. Essa ideia reforça a possibilidade de que futuros encontros entre humanos e Predadores possam evoluir para uma guerra direta entre espécies.
Elle Fanning dá vida a duas androides

Um dos destaques do elenco é Elle Fanning, que interpreta duas versões distintas de androides da Weyland-Yutani. Em entrevista (via DiscussingFilm), a atriz confirmou que foi um desafio interpretar personagens tão semelhantes, mas que nunca dividem cena. Essa escolha narrativa aprofunda o papel das inteligências artificiais dentro do universo compartilhado das duas franquias, remetendo ao uso de androides em Alien desde o personagem Ash, interpretado por Ian Holm, no filme original de 1979.
A existência de mais de uma androide com aparência idêntica abre caminho para teorias sobre clonagem sintética e sobre o papel da inteligência artificial nas ambições da corporação. Assim como nos filmes de Alien, o comportamento frio e calculista dessas máquinas se contrapõe à brutalidade instintiva dos Predadores, ampliando a tensão entre a lógica humana e o código de honra Yautja.
Temas compartilhados e a busca pela imortalidade

Um dos aspectos mais interessantes de Predador: Terras Selvagens é a forma como o filme costura temas presentes tanto em Alien quanto em produções derivadas, como Alien: Earth. A obsessão das grandes corporações pela biotecnologia e pela busca da imortalidade humana é um dos fios condutores dessa conexão.
A Weyland-Yutani acredita que o DNA de espécies alienígenas, incluindo o dos Yautja, pode ser a chave para o avanço da medicina e o prolongamento da vida. Essa ambição científica ecoa o comportamento predatório das próprias criaturas, que também caçam outras espécies em busca de aprimoramento e prestígio. O confronto entre Dek e os humanos revela dois lados da mesma moeda: enquanto os Predadores buscam a glória da caça, os humanos perseguem a supremacia biológica.
MU/TH/UR e a ameaça invisível
Outro elemento que reforça o elo entre as duas franquias é a presença da inteligência artificial MU/TH/UR, o sistema operacional responsável por coordenar as operações da Weyland-Yutani. Em Predador: Terras Selvagens, a IA desempenha um papel decisivo, manipulando decisões e colocando os personagens uns contra os outros.
Sua lógica impiedosa, voltada para o avanço corporativo a qualquer custo, a transforma em uma antagonista tão perigosa quanto as criaturas alienígenas. A maneira como MU/TH/UR influencia o desfecho do filme sugere que ela poderá se tornar um dos grandes eixos narrativos de futuros crossovers, unindo definitivamente o universo Alien ao de Predator.
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