O episódio final da primeira temporada de IT: Bem-Vindos a Derry encerra seu primeiro arco narrativo com uma revelação que reforça os laços diretos entre a série e os filmes dirigidos por Andy Muschietti. Após o confronto em que Pennywise é novamente contido, a produção surpreende ao apresentar uma sequência ambientada anos depois dos eventos centrais, ressignificando cenas importantes já vistas no cinema.
O destino de Ingrid Kersh após os eventos de 1962

A série revela que Ingrid Kersh, filha de Bob Gray, sofre um colapso psicológico após o incêndio do Black Spot e a descoberta de que Pennywise jamais foi seu pai, mas apenas usava sua identidade. Antes enfermeira do hospital psiquiátrico Juniper Hill, Ingrid acaba internada na própria instituição, incapaz de lidar com o trauma acumulado e com a influência direta da entidade cósmica sobre sua mente.
Essa trajetória reforça como o contato com Pennywise deixa marcas permanentes, mesmo em personagens que sobrevivem fisicamente aos seus ataques.
O salto temporal e a morte de Elfrida Marsh

A narrativa avança então para outubro de 1988, um ano antes do retorno de Pennywise mostrado em IT – A Coisa. Já envelhecida, Ingrid continua vivendo em Juniper Hill quando escuta gritos vindos de um dos quartos. Ao investigar, ela se depara com o corpo de Elfrida Marsh, que tirou a própria vida.
No local estão também Alvin Marsh, marido abusivo da vítima, e sua filha, Beverly Marsh, ainda criança. A cena expande um evento apenas mencionado nos filmes e dá novo peso emocional ao passado da personagem.
O retorno de Beverly Marsh e a conexão com IT: Capítulo Dois

A aparição de Beverly Marsh, novamente interpretada por Sophia Lillis, funciona como um dos principais elos entre a série e os longas-metragens. O encontro entre a jovem Beverly e Ingrid Kersh reformula completamente a famosa cena de IT: Capítulo Dois, em que a versão adulta da personagem visita sua antiga casa e encontra a senhora Kersh.
A frase sussurrada por Ingrid, afirmando que ninguém que morre em Derry vai embora de verdade, ganha um significado mais perturbador ao ser dita no momento mais traumático da infância de Beverly.
O impacto da cena segundo o co-criador da série
Em entrevista ao Screen Rant, o co-criador Jason Fuchs explicou que a intenção da cena era oferecer uma nova leitura para momentos-chave dos filmes. Segundo ele, o prequel permite que o público revisite a obra original com outro olhar, entendendo por que Pennywise escolheu assumir determinadas formas para atormentar suas vítimas.
Fuchs destacou que o encontro entre Beverly e Ingrid representa o dia mais doloroso da vida da personagem, o que ajuda a explicar por que a entidade recorre a essa figura específica anos depois, ao explorar traumas profundamente enraizados na memória, mesmo que inconsciente.
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