A cena pós-créditos de Coração de Ferro, série da Marvel recém-lançada no Disney+, trouxe mais do que apenas um gancho para o futuro de Riri Williams. Ela acena para possibilidades concretas dentro do Universo Cinematográfico da Marvel, ligando tramas místicas, potenciais novas séries e até personagens já consagrados.
Parker Robbins: um vilão quebrado, mas ainda perigoso
O centro da cena é Parker Robbins, o vilão conhecido como Capuz (The Hood), interpretado por Anthony Ramos. Após ser derrotado por Riri Williams e perder o manto mágico que lhe dava poderes, Robbins aparece em busca de um novo tipo de auxílio. Ele procura Zelma Stanton, jovem com conexões místicas e amiga de Riri, pedindo por “ajuda do tipo Supremo”. A expressão sugere uma ligação direta com o universo de Doutor Estranho e os praticantes das artes arcanas ligados a Kamar-Taj.
Robbins, visivelmente marcado pelas cicatrizes deixadas por sua aliança com Mephisto, já não possui o poder de antes, mas sua determinação em recuperar ou substituir o que perdeu o mantém perigoso. A cena deixa em aberto se ele busca cura, poder ou vingança, mas indica claramente que sua jornada no MCU está longe de terminar.
Zelma Stanton e a magia como elo com Doutor Estranho
Zelma, interpretada por Regan Aliyah, é mais do que uma coadjuvante. Na série, ela já havia ajudado Riri a entender o lado místico dos eventos que enfrentava, servindo como ponte entre ciência e magia. Na cena pós-créditos, sua interação com Robbins pode indicar que ela será levada por um caminho mais profundo nas artes arcanas.
Nos quadrinhos, Zelma tem uma conexão direta com Doutor Estranho, tendo sido sua aprendiz e bibliotecária da Strange Academy, escola fundada por Stephen Strange para jovens feiticeiros. Ainda que a série Strange Academy esteja atualmente em espera nos bastidores da Marvel Studios, a menção a termos como “ajuda Suprema” reacende a expectativa de que Zelma e Robbins possam figurar em uma eventual adaptação desse universo para as telas.
Um possível retorno de Coração de Ferro
Apesar de a Marvel ainda não ter confirmado uma segunda temporada de Coração de Ferro, a cena final sugere fortemente que ainda há muito a explorar na trajetória de Riri Williams. O final da série deixou várias pontas soltas, incluindo a ressurreição de Natalie — melhor amiga de Riri — graças a um pacto com Mephisto.
O retorno de Natalie, agora em carne e osso, carrega marcas visíveis do preço pago por Riri: veias escuras em seus braços sinalizam que o uso da magia teve consequências. Esse gancho reforça que o conflito com Mephisto está apenas começando, abrindo espaço para mais explorações do embate entre tecnologia e feitiçaria, tema central da narrativa.
Mephisto, os Jovens Vingadores e o risco da corrupção
Mephisto, interpretado por Sacha Baron Cohen, foi uma presença ameaçadora nos episódios finais da série. Seu papel vai além do típico antagonista: ele representa a tentação e a distorção dos desejos dos heróis. A decisão de Riri de aceitar seu pacto, mesmo com boas intenções, coloca-a em rota de colisão com forças maiores.
Nos quadrinhos, Mephisto já tentou manipular jovens heróis em diversas ocasiões. Em arcos envolvendo os Campeões e os Jovens Vingadores, ele chegou a possuir a Coração de Ferro por meio de seu filho, Blackheart. A introdução de personagens jovens como Kamala Khan (Ms. Marvel), Kate Bishop (Gaviã Arqueira) e América Chavez pode sinalizar que a Marvel esteja preparando um novo capítulo coletivo, com Riri em posição de destaque e risco.
O futuro incerto do Capuz
A sobrevivência de Parker Robbins, algo incomum no MCU para vilões, já é um indicativo de sua relevância futura. Ele pode não apenas retornar mais perigoso, como também se tornar um elo entre o universo urbano e o lado mágico da Marvel. Seus vínculos passados com Mephisto, e agora com Zelma, abrem espaço para tramas envolvendo Doutor Estranho, Wong ou até mesmo a Academia Doom, caso a Marvel deseje se inspirar nos recentes quadrinhos onde Victor Von Doom assume a liderança da escola mística.
Ainda não está claro se Robbins será redimido ou se seguirá como vilão, mas sua presença persistente sinaliza que a Marvel ainda tem planos para o personagem.
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