Às vésperas do episódio final de Stranger Things, os criadores da série, Matt e Ross Duffer, fizeram alguns comentários sobre o destino de Eleven. Em entrevista ao TV Insider, os showrunners abordaram o destino da protagonista, o peso do sacrifício na narrativa e os conflitos de visão que moldam o encerramento da história.
O destino de Eleven no centro da discussão criativa
Matt Duffer revelou que a discussão sobre o futuro da personagem foi um dos pontos mais debatidos pela equipe criativa. Segundo ele, a dúvida não se limitava à sobrevivência da protagonista, mas ao que sua vida poderia ser depois da guerra.
“Muitas das questões sobre Eleven, como será sua vida e qual será seu destino final, foram algo que achamos muito interessante explorar na sala dos roteiristas”, afirmou Matt Duffer.
Essa reflexão, de acordo com o criador, foi determinante para a volta de Kali à trama. “E essa é uma das razões pelas quais queríamos trazer Kali de volta”, completou, deixando claro que a personagem cumpre um papel narrativo específico na reta final.
Kali e a lógica do sacrifício
Ao falar sobre Kali, Matt Duffer destacou que a personagem representa uma visão mais direta e pragmática diante da ameaça apresentada por Vecna e da continuidade dos liderados pela Dra Kay. “Ela vem de um ponto de vista muito pragmático e realista”, explicou.
Essa postura se reflete na disposição de Kali em aceitar o sacrifício como solução, inclusive envolvendo a própria Eleven. A abordagem cria atritos imediatos dentro do grupo e, especialmente, com Hopper, algo que os criadores reconhecem como intencional. “Hopper, é claro, tem razão em não confiar totalmente nela”, afirmou Matt Duffer
Mike como contraponto emocional
Enquanto Kali representa a lógica dura da sobrevivência, Mike surge como o oposto dessa visão. Ross Duffer resumiu essa diferença da seguinte forma: “Mike é o sonhador dos três, o otimista”.
Segundo o criador, essa postura faz com que Mike enxergue um futuro possível para Eleven, mesmo quando tudo ao redor aponta para perdas irreversíveis. É justamente entre essas duas forças, o pragmatismo de Kali e o otimismo de Mike, que Eleven se encontra.
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