A pergunta sobre se Ed Gein matou o próprio irmão é uma das mais antigas e sombrias relacionadas ao “Açougueiro de Plainfield”. Antes mesmo de seus crimes macabros chocarem o mundo, um mistério cercava a vida do assassino: a estranha morte de seu irmão mais velho, Henry Gein, em 1944. O caso, até hoje, divide investigadores e historiadores do crime.
Em 16 de maio de 1944, um incêndio se espalhou pela fazenda dos Gein em Plainfield, Wisconsin. Ed e Henry tentaram controlar o fogo, mas acabaram se separando durante o combate às chamas. Após apagar o incêndio, Ed relatou à polícia que o irmão estava desaparecido. No entanto, quando os agentes chegaram, ele os guiou diretamente até o corpo — algo que levantou suspeitas imediatas.
O cadáver de Henry Gein foi encontrado de bruços, com ferimentos na cabeça e hematomas, mas sem sinais de queimaduras graves. O legista da época listou asfixia como causa da morte e não realizou uma autópsia completa. Mesmo assim, o comportamento de Ed chamou a atenção: ele parecia calmo, quase indiferente, e sabia exatamente onde o irmão estava, embora tivesse dito que não o encontrava.
As investigações nunca foram aprofundadas, e a polícia encerrou o caso como acidente durante o incêndio. Porém, muitos pesquisadores e biógrafos acreditam que Ed Gein possa ter matado o irmão intencionalmente, motivado pela forte ligação que tinha com a mãe, Augusta. Henry, mais velho e questionador, criticava abertamente a obsessão de Ed por ela e o fanatismo religioso da matriarca — algo que poderia ter despertado a fúria de Gein.
Embora não haja provas diretas do crime, o episódio permanece um dos momentos mais enigmáticos da vida de Ed Gein. Para muitos estudiosos, a morte de Henry foi o primeiro indício de que algo profundamente perturbador se escondia por trás do comportamento reservado do futuro assassino.