A dúvida sobre se Ed Gein matou a própria mãe é uma das mais recorrentes quando se fala no “Açougueiro de Plainfield”. A figura de Augusta Gein exerceu influência total sobre o filho, moldando sua visão distorcida sobre pecado, moral e sexualidade. Embora não existam provas de que Ed tenha matado Augusta, a relação entre os dois foi tão intensa e destrutiva que, após sua morte, ele mergulhou definitivamente na loucura.
Augusta Gein era uma mulher extremamente religiosa e autoritária. Dominava completamente a vida dos filhos, ensinando-lhes que as mulheres eram criaturas impuras e que o mundo estava cheio de pecado. Ela isolou Ed e o irmão, Henry, em uma fazenda afastada, onde impôs regras severas e punições constantes. Para Ed, a mãe era mais do que uma figura de autoridade — ela era o centro absoluto de sua existência.
Quando Augusta sofreu uma série de derrames e morreu em 1945, Ed perdeu o único elo emocional que ainda o mantinha conectado à realidade. Sua morte o devastou. Ele manteve o quarto da mãe intocado, trancado por anos, como uma espécie de santuário. Foi nesse período, isolado e sem supervisão, que Gein começou a desenterrar cadáveres femininos — especialmente de mulheres que lembravam Augusta — e a usar suas peles e partes do corpo em tentativas macabras de “reconstruí-la”.
Apesar das teorias populares, não há evidências de que Ed Gein tenha matado a própria mãe. Ela morreu naturalmente, vítima de complicações de saúde, mas sua presença psicológica permaneceu viva na mente dele. Muitos especialistas em criminologia e psicologia acreditam que os crimes de Gein foram, na verdade, tentativas delirantes de reviver Augusta ou de manter sua autoridade viva dentro de si.
Assim, embora Ed Gein não tenha assassinado a mãe com as próprias mãos, sua influência foi a força que guiou todos os seus atos posteriores. Augusta Gein morreu em 1945 — mas, na mente de Ed, ela nunca deixou de existir.
