Com o recente lançamento da Parte 1 da 5ª temporada de Stranger Things, os criadores da série comentaram sobre a decisão de não incluir mortes significativas nesses primeiros quatro episódios. Em entrevista à Variety, Matt e Ross Duffer detalham como essa opção está diretamente ligada ao arco de Will Byers e ao impacto dramático que pretendem desenvolver até o encerramento da série.
Decisão criativa
Os irmãos Duffer explicaram que a ausência de mortes na primeira leva de episódios foi pensada desde o início da produção. Segundo Ross Duffer, uma das prioridades desta etapa da temporada era concentrar a narrativa na descoberta e na ampliação dos poderes de Will. O criador afirma que essa escolha definiu todo o desenho dramático do volume inicial, já que o final precisava apresentar dois movimentos contrastantes: o ponto baixo do sequestro das crianças por Vecna e o ponto alto do despertar das habilidades de Will.
Matt Duffer reforça que a série não pretende replicar o tipo de violência extrema vista em outras produções televisivas e cita como exemplo Game of Thrones. Para o criador, essa abordagem não se encaixa na essência de Stranger Things, que sempre priorizou o grupo central de jovens e suas relações como motor emocional da história.
O que esperar da Parte 2 da temporada
Quando questionados se a segunda parte da temporada ficará mais violenta, os criadores afirmam que o objetivo não é chocar o público com mortes em massa. Matt explica que não há intenção de produzir algo semelhante ao Casamento Vermelho, já que esse tipo de ruptura narrativa transformaria a série em algo distante do que ela sempre foi.
Ainda assim, os Duffer destacam que Stranger Things já teve episódios marcados por violência, como o massacre no laboratório de Hawkins e personagens que deixaram a história de forma trágica em anos anteriores. A diferença para a 5ª temporada, segundo os criadores, é que o foco atual está no avanço da trama e na resolução dos mistérios acumulados ao longo dos anos, especialmente o papel de Vecna e a natureza do Mundo Invertido.
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