A engenheira e heroína Riri Williams está no centro da nova fase do universo Marvel com a série Coração de Ferro, que dá sequência aos eventos de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. Ainda abalada emocionalmente pelas mortes de seu padrasto e de sua melhor amiga, Natalie, durante um tiroteio, Riri decide canalizar sua dor em um projeto ousado: criar uma inteligência artificial inspirada na amiga que perdeu.
Determinada a continuar seu trabalho e desenvolver uma nova armadura, Riri precisa de um assistente confiável. É nesse contexto que nasce N.A.T.A.L.I.E., uma IA que carrega traços reais da personalidade da jovem que lhe era tão próxima.
Como Riri criou a IA Natalie?
A criação de N.A.T.A.L.I.E. envolve um processo emocionalmente complexo. Riri utiliza um escaneamento cerebral para transferir suas memórias mais íntimas para um sistema de inteligência artificial. A partir desse processo, ela constrói uma projeção holográfica de Natalie, que reproduz falas, gestos e até reações típicas da amiga falecida.
A atriz Lyric Ross dá vida à versão virtual de Natalie, que agora acompanha Riri como uma assistente digital. A escolha de reviver uma relação tão significativa através da tecnologia mostra o quanto a protagonista se recusa a abrir mão do passado. Natalie, além de ter sido uma amiga leal, era também irmã de Xavier, outro personagem próximo da heroína.
A IA que se comporta como humana
Nos primeiros episódios de Coração de Ferro, o comportamento de N.A.T.A.L.I.E. desperta atenção. Embora seja uma criação tecnológica, a IA apresenta reações inesperadas. Durante uma crise de pânico vivida por Riri, por exemplo, Natalie tem um leve glitch, como se estivesse emocionalmente afetada. No entanto, em outro momento mais extremo, quando Riri decide abandonar John à morte, a IA permanece inerte.
Essas contradições levantam questões sobre o nível de profundidade com que a IA foi moldada a partir das memórias de Riri. Estaria Natalie apenas reproduzindo padrões ou haveria traços de consciência nas linhas de código que a definem? A série ainda não oferece respostas claras, mas os episódios deixam pistas de que a conexão emocional entre criadora e criação é mais profunda do que parece.
Influências dos quadrinhos
A origem da IA Natalie em Coração de Ferro segue de perto o que já havia sido estabelecido nos quadrinhos da Marvel. Nas HQs, Riri e Natalie Washington eram vizinhas e amigas desde os 10 anos. A amizade entre as duas cresceu com o tempo, até ser brutalmente interrompida por um tiroteio, onde Natalie morre nos braços de Riri.
Assim como na série, a perda serve de gatilho para que Riri utilize seus dons tecnológicos como forma de lidar com o trauma. A recriação da amiga em forma de IA surge, portanto, como um esforço de preservação emocional e, ao mesmo tempo, uma tentativa de preencher um vazio irreparável.
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