Lançado originalmente nos cinemas em julho de 2024, o filme Perdido na Montanha finalmente chegou ao catálogo da Netflix no último sábado (19), reacendendo o interesse por uma história real de sobrevivência que comoveu os Estados Unidos em 1939. Dirigido por Andrew Kightlinger, o longa-metragem retrata com fidelidade os dias angustiantes vividos por Donn Fendler, um garoto de apenas 12 anos que desapareceu na região do Monte Katahdin, no estado do Maine.
A seguir, entenda os principais elementos que moldaram essa história impressionante e como o filme os traduziu para as telas.
Donn Fendler, o menino que sobreviveu ao impossível
A narrativa central do filme é fiel ao relato verídico de Donn Fendler, um garoto norte-americano que, durante o verão de 1939, se perdeu dos companheiros de trilha enquanto subia o Monte Katahdin com sua família. Sem comida, abrigo ou equipamentos, Donn vagou por nove dias pelas densas florestas da região, enfrentando fome, frio, picadas de insetos e o medo constante da morte.
Ao ser encontrado, Donn havia perdido mais de 7 quilos, estava desidratado e coberto de feridas, mas, surpreendentemente, estava vivo. O caso ganhou manchetes em todo o país, inclusive na capa do The New York Times, e inspirou o próprio Donn a escrever um livro sobre sua experiência, publicado poucos meses após o resgate.
Um resgate que mobilizou o país
No filme, os primeiros minutos já estabelecem o peso da tragédia iminente. As imagens aéreas do imponente Monte Katahdin contrastam com a trilha sonora tensa e a voz de um homem descrevendo a busca pelo garoto. Trata-se de Junior York, um dos voluntários que participaram das buscas e que, no filme, aparece em imagens reais de arquivo, assim como outros familiares e colegas de Donn.
Esses depoimentos autênticos servem como âncoras emocionais para o espectador, lembrando que a história mostrada é real. Kightlinger faz questão de enfatizar que Perdido na Montanha não é apenas “baseado em fatos reais”, mas sim uma adaptação fiel dos acontecimentos.
O pai rígido, a tempestade e a separação
A história se passa em um contexto histórico marcado pela Grande Depressão e pela iminência da Segunda Guerra Mundial. O pai de Donn é retratado como um homem severo, que acredita que seus filhos precisam ser endurecidos pela realidade. Quando um passeio de pesca é cancelado, ele propõe uma caminhada até o topo do Katahdin. A decisão se revela trágica.
Sem o preparo adequado para a exigente trilha, Donn tenta provar sua resistência ao pai. No entanto, uma tempestade súbita muda tudo. Em pânico, o menino se separa do grupo. A partir daí, o filme alterna entre o desespero crescente da família e a jornada solitária e angustiante de Donn pela floresta.
O reencontro e o impacto duradouro
O desfecho emocionante do filme retrata a volta de Donn aos braços da família. A produção entrega esse momento com sensibilidade, sem apelar ao sentimentalismo excessivo, mas deixando clara a força do vínculo familiar e da vontade de viver.
Mesmo décadas depois, a história de Donn Fendler continua a ser lembrada em escolas, bibliotecas e encontros escoteiros. O menino que sobreviveu sozinho em uma das áreas mais selvagens dos Estados Unidos virou símbolo de coragem juvenil e de resiliência humana.
Confira também:
- Os melhores filmes da Marvel e da DC
- Séries que você precisa assistir se gostou de Virgin River
- Séries que você precisa assistir se gostou de 1992
- K-Dramas que você precisa assistir se gostou de Meninos Antes de Flores
- Séries que você precisa assistir se gostou de Irracional