The Witcher retorna para sua 4ª temporada marcada por uma das maiores mudanças da série até agora: a saída de Henry Cavill e a chegada de Liam Hemsworth no papel de Geralt de Rívia. Desde o anúncio da substituição, fãs e críticos aguardavam com curiosidade a forma como a produção explicaria a nova aparência do protagonista. Agora, com os episódios já disponíveis, a série encontrou uma maneira criativa e coerente de abordar essa transição sem comprometer a continuidade da narrativa.
Um novo ponto de vista

A solução adotada pela produção foi introduzir um novo narrador, Stribog (Clive Russell), um contador de histórias que narra para um grupo de crianças as lendas de Geralt, Yennefer e Ciri. Entre os ouvintes está Nimue (Eve Ridley), uma jovem curiosa que frequentemente interrompe Stribog, afirmando que ele está contando as histórias “de forma errada”. Em uma das cenas, o narrador responde que os eventos aconteceram há mais de cem anos e que “não existe certo ou errado”. A partir daí, a série se apoia na ideia de que o público está vendo os acontecimentos através das lembranças e interpretações de diferentes narradores, o que justifica as mudanças visuais e sutis no comportamento dos personagens.
Flashbacks e uma nova narrativa

A temporada faz uso de flashbacks para revisitar momentos importantes das primeiras fases da trama, agora com Hemsworth no papel principal. Cenas icônicas, como o confronto de Geralt com a kikimora, o encontro com Ciri e a luta contra Vilgefortz, são recriadas sob essa nova perspectiva. Essa escolha narrativa reforça a ideia de que o público está assistindo a uma nova versão das histórias, filtrada pela memória de quem as conta. O artifício também permite integrar o novo ator de forma natural, sem recorrer a explicações sobrenaturais ou quebras bruscas na continuidade da trama.
Um Geralt diferente, mas fiel à essência

A substituição de Henry Cavill trouxe desafios para Liam Hemsworth, que assumiu o papel com a responsabilidade de manter viva a essência do bruxo. Ainda que o novo intérprete apresente traços próprios, sua atuação mantém elementos marcantes do personagem, como o tom de voz contido, os grunhidos característicos e a postura introspectiva. Ao mesmo tempo, o roteiro explora um Geralt emocionalmente mais amadurecido, em uma fase de reconstrução após os eventos da temporada anterior. Pequenos comentários de outros personagens, como o de Jaskier ao afirmar que o bruxo “não é mais o mesmo desde seus ferimentos”, funcionam como sutis reconhecimentos da mudança de ator.
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