O Quarteto Fantástico é uma das equipes mais lendárias da Marvel, não apenas pela química entre seus integrantes, mas também pelos poderes singulares que cada um deles desenvolveu. Às vésperas da estreia do novo filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, previsto para chegar aos cinemas ainda este ano, vale a pena revisitar as origens desse grupo que revolucionou os quadrinhos de super-heróis.
A transformação começou com uma viagem ao espaço
Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm embarcaram em uma missão espacial com o objetivo de conquistar avanços científicos e vencer a corrida espacial. Mesmo sem autorização oficial para o lançamento, Reed insistiu na decolagem, levando seus amigos e colegas para uma jornada que mudaria para sempre suas vidas.
Durante a travessia pelo cosmos, a nave foi atingida por uma tempestade de raios cósmicos. O que deveria ser uma simples missão científica se tornou o ponto de partida para a criação de um dos times mais importantes da Marvel. Ao retornarem à Terra, cada um dos quatro descobriu ter desenvolvido habilidades sobre-humanas: Reed ganhou a capacidade de esticar seu corpo, Sue aprendeu a manipular campos de invisibilidade, Johnny tornou-se a Tocha Humana, capaz de voar e controlar o fogo, enquanto Ben foi transformado em uma criatura rochosa de força descomunal, conhecida como o Coisa.
Os raios cósmicos: um catalisador de superpoderes
A origem dos poderes do Quarteto Fantástico está diretamente ligada à radiação cósmica, um elemento recorrente nas histórias da Marvel. Embora pareça improvável, essa fonte de energia já concedeu habilidades a outros personagens do universo Marvel, como o vilão Doutor Midas e o Fantasma Vermelho, que inclusive tentou replicar a experiência para ganhar poderes semelhantes.
Esse padrão mostra que os raios cósmicos são uma espécie de ferramenta narrativa usada para justificar transformações extraordinárias. Porém, no caso do Quarteto, o impacto desses raios foi decisivo, não apenas em termos físicos, mas também na formação de seu propósito como heróis.
Um erro de cálculo ou um ataque premeditado?
Tradicionalmente, Reed Richards é responsabilizado pelo acidente, já que as proteções contra radiação em sua nave falharam. Contudo, versões mais recentes dos quadrinhos lançam novas luzes sobre esse evento. Em Fantastic Four #16, escrita por Dan Slott e ilustrada por Sean Izaakse, é revelado que a exposição à radiação não foi um acidente, mas sim o resultado de uma ação intencional de um povo alienígena conhecido como os Spyricanos. Temendo uma invasão, eles teriam disparado os raios contra a nave para afastar os supostos intrusos.
Essa mudança reinterpreta completamente a origem do grupo. Se antes o acidente era resultado do excesso de confiança de Reed, agora passa a ser uma consequência de um ataque externo. Mesmo assim, em Fantastic Four #46, o próprio Reed reconhece sua parcela de responsabilidade ao ter iniciado a missão.
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